A liberação do auxílio emergencial proporcionou ao presidente Jair Bolsonaro um aumento de sua popularidade e simpatia do eleitor, contudo, os custos do benefício são altos para os cofres da União. Até o momento, os dispêndios chegam a faixa de R$ 254,4 bilhões de reais e, caso seja estendido até o final do ano no valor de R$ 300 reais, o benefício terá um custo médio mensal de R$ 25 bilhões.
O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2021 prevê R$ 103 bilhões de despesas discricionárias, as não obrigatórias e que podem ser cortadas. Desse montante, os investimentos previstos serão menos de R$ 10 bilhões. Como o Orçamento é engessado com despesas obrigatórias em mais de 90%, para estourar o teto no ano que vem, basta o governo gastar mais R$ 15 bilhões, pelos cálculos do BTG.
Para além disso, segundo as estimativas, se o Renda Brasil for de R$ 300, ele custaria aos cofres públicos R$ 97 bilhões por ano para uma base ampliada de 27 milhões de pessoas. O ministro Paulo Guedes tem afirmado que, com remanejamento de alguns programas assistenciais, conseguiria R$ 53 bilhões. Portanto, ainda faltariam R$ 44 bilhões para cobrir o buraco.