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O auxílio emergencial pago a mais de 62 milhões de brasileiros que perderam a renda nesse período de pandemia da Covid-19 turbinou a popularidade do presidente Jair Bolsonaro que tem, nesse momento, os melhores índices de avaliação desde a posse no dia primeiro de janeiro de 2019.

Os números da pesquisa do Instituto Datafolha, divulgados, nesta sexta-feira (14), mostram que 37% dos brasileiros consideram o Governo Bolsonaro ótimo ou bom, enquanto 34% o classificam de ruim ou péssimo. A pesquisa de junho, realizada entre os dias 23 e 24 de junho, apontava uma aprovação de 32% e uma rejeição de 44%. Ou seja, o presidente ganhou cinco pontos de popularidade e a rejeição caiu 10 pontos.

A Região Nordeste que, em 2018, deu a menor votação ao então candidato Jair Bolsonaro, se comparada com as demais regiões, inverteu a curva de rejeição do hoje presidente Bolsonaro e o contempla com melhores índices de aceitação. De acordo com o Datafolha, a rejeição a Bolsonaro no Nordeste caiu de 52% para 35%, e, para 33% dos nordestinos, o governo é avaliado como ótimo ou bom.

A Região Nordeste teve, ao longo dos Governos Lula e Dilma, o maior número de famílias beneficiadas com os programas de distribuição de renda, que os deixou com alta popularidade. É, nesse terreno minado, que o presidente Bolsonaro começa a conquistar melhores índices de avaliação, principalmente, após a implantação do auxílio emergencial. O benefício de R$ 600 reais é pago a quem tem o Bolsa Família e aos trabalhadores informais e desempregados.

Segundo o Instituto Datafolha, entre os beneficiários do auxílio emergencial, 42% acham o presidente Bolsonaro ótimo e bom e, entre os que recebem o benefício, 36% tem o mesmo conceito. O Nordeste tem 27% da população do País e, pelos números do Governo Federal, 45% dos moradores pediram o auxílio emergencial.


A agenda do presidente Bolsonaro priorizou, nos últimos dois meses, duas visitas ao Nordeste – uma à Região do Cariri, para solenidade de chegada das águas do Rio São Francisco ao Ceará, e a outra ao Interior da Bahia para inauguração de um sistema de abastecimento de água. As duas obras fazem parte das ações mais esperadas na Região Nordeste: ampliação do sistema de abastecimento de água para o consumo da população.


NADA COLA E AUXÍLIO SALVA

O cenário extraído dos números da pesquisa do Datafolha mostra que nada de negativo – como a crise sanitária e as denúncias sobre o caso Queiroz ( ex-assessor do hoje senador Flávio Bolsonaro, denunciado por supostamente rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) tem colado no presidente Bolsonaro.


A pesquisa revela uma certeza: a estabilidade no orçamento doméstico é a prioridade para os trabalhadores. Com a pandemia do coronavírus, o Governo Federal instituiu o auxílio emergencial que, entre no período de cinco meses, está irrigando a economia com, pelo menos, R$ 250 bilhões. São 62 milhões de pessoas beneficiadas, com um pagamento mensal de R$ 600 reais. O auxílio emergencial aliviou a crise enfrentada pelos trabalhadores informais e desempregados e salvou a economia.

DATAFOLHA

O Instituto Datafolha ouviu, por telefone, entre os últimos dias 11 e 12 de agosto, 2.065 pessoas. A pesquisa tem uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.