A juíza federal Gisele Sampaio revela que, entre os principais fatores para o aumento do número de ações contra o INSS, não está a reforma previdenciária, mas sim o baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e a lentidão da Previdência Social para responder aos pedidos de benefícios.


‘’Nenhum fenômeno complexo tem causas simples. É um somatório de fatores. O primeiro é que vivemos em um estado da Federação com Índice de Desenvolvimento Humano muito baixo. Quando o IDH é baixo, a demanda previdenciária aumenta’’, observa a Diretora do Foro da Justiça Federal no Ceará.


Ao traçar um perfil sobre o impacto dos pedidos de auxílios previdenciários, a juíza Gisele Sampaio afirma que o público alvo das ações é formado pelos trabalhadores rurais e pessoas socialmente vulneráveis que requerem o BPC (Benefício de Prestação Continuada). Esses dois segmentos não foram atingidos diretamente pela reforma previdenciária.


Sobre os baixos índices de pobreza, Gisele Sampaio disse que durante apresentação de um estudo que fizera no PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), duas subsecções (Inhamuns e Sertões de Cratéus) chamaram a atenção em função de alguns municípios estarem na camada mais baixa na classificação das Nações Unidas, o que contribui para aumentar a demanda previdenciária.

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