O Secretário de Assuntos Internacionais do Governo do Estado do Ceará, Antonio Balhmann, participou hoje, 23, em São Paulo, do almoço mensal da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil. Este foi o segundo encontro do ano da entidade, que contou com a participação de 180 pessoas, em sua maioria representantes das empresas japonesas instaladas no país. Participaram também do encontro o Secretário de Relações Internacionais da Presidência do Senado Federal, o Embaixador Marco Farani e os representantes do Conselho Nacional das Zonas de processamento de Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Leonardo Rabelo e Paulo Fukuya.

O encontro foi aberto pelo Secretário Geral da Câmara Japonesa, Fujiyoshi Hirata e pelo presidente da entidade, Aiichiro Matsunaga. O Cônsul Geral do Japão em São Paulo, Yasushi Noguchi também esteve presente ao evento. Segundo Matsunaga, a Câmara vem somando esforços para estreitar o intercâmbio econômico entre o Brasil e o Japão, funcionando como uma ponte entre os dois países. “Temos hoje 350 associados, sendo 220 empresas japonesas instaladas no país. São empresas de setores como siderurgia, fundição de alumínio, papel e celulose, além de tecnologia, como tv digital. Realizamos com frequência intercâmbios com autoridades do Governo e personalidades”, explica.

Durante o encontro, Balhmann, representando o Governador Camilo Santana e Farani formalizaram o convite à Câmara Japonesa para realizar uma visita à ZPE Ceará e participarem de um seminário, em abril, no Palácio da Abolição, quando serão apresentadas as oportunidades de investimento no Estado, com destaque para a ZPE Ceará, que possui uma área de expansão com 2 mil hectares para a implantação de novos investimentos. O evento será aberto pelo Governador do Estado, Camilo Santana; pelo presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira e pelo Embaixador do Japão no Brasil, Akira Yamada. Os japoneses apostam na retomada do crescimento econômico do país ainda em 2018.

O Secretário de Assuntos Internacionais, Antonio Balhmann, apresentou para um público qualificado formado por cerca de 200 empresários japoneses, a ZPE Ceará, única free zone brasileira em operação. A ZPE Ceará conta atualmente com uma área total de 6.182 hectares, sendo 4.271 ha no Setor I (formado pelo setor siderúrgico) e 1.911 ha no Setor II, área incorporada à estatal, em 2016, para expansão de sua poligonal. Balhmann lembrou que a expansão da ZPE Ceará só foi possível graças à iniciativa do Governador Camilo Santana, que conseguiu incorporar quase 2 mil hectares antes destinados para a refinaria Premium II. “Hoje, o Estado conta com a maior área de Free Zone da América Latina”, garantiu.

Segundo Balhmann, no Setor II da ZPE Ceará, está sendo trabalhada uma área de 150 hectares, numa primeira etapa, para alfandegamento junto à Receita Federal. “O projeto dessa área já está pronto e a expectativa é investir cerca de R$ 35 milhões. Ela terá capacidade para abrigar cerca de 50 novas indústrias de setores diversificados, dentre eles granito e energia”, destacou. A capacidade da área de Despacho Aduaneiro (ADA) desta primeira etapa da expansão é para 5.000 containers/mês, num regime operacional de 24 horas. Dentre as 50 indústrias, já existem 20 empresas do setor do granito com protocolos de intenção assinados com o Governo do Estado para instalação de plantas industriais na expansão, o que representa investimentos da ordem de R$ 600 milhões e 3 mil empregos diretos.

Balhmann lembrou ainda que o primeiro esforço do Governo do Ceará junto ao Japão foi ainda no Governo de Ciro Gomes, na década de 90, quando foi atraída para o Estado a empresa japonesa YKK, instalada no distrito industrial de Maracanaú. Conforme Balhmann, existem áreas estratégicas a serem exploradas pelos japoneses no Ceará, dentre elas a indústria de alimentos e a de pescado e atum. “Hoje, o que os empresários japoneses vão encontrar no Ceará é uma ambiência empresarial completamente inusitada e favorável para a realização de grandes investimentos”, garantiu. Balhmann disse ainda que o Ceará está agora trabalhando um investimento de US$ 7,5 bilhões com a China, na área de refino e petroquímica, contando já com área e projetos definidos.