Os deputados federais e senadores do Ceará precisam somar esforços e fortalecer o pedido da Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado para o Ministério da Agricultura e Pesca suspender a importação de camarão do Equador e Peru. A mobilização é no sentido de evitar a chegada de doenças que possam comprometer a cadeia produtiva nacional.


A importação que, segundo o secretário Oriel Filho, entra no Brasil sem passar por inspeções sanitárias, pode ser devastadora para o cultivo nacional de camarão. Em 2023 e 2024, a importação tirou R$ 67.000.000,00 de divisas para o Brasil.


ENTREVISTA DE ORIEL FILHO


O secretário Oriel Filho participou, nesta segunda-feira (3), de entrevista no Jornal Alerta Geral e, ao lado do professor Hiran Costa (Curso de Engenharia da UFC), do cientista Felipe Mathias (Laboratório de Ciências do Mar) e da Secretária-executiva da Pesca do Estado, deu detalhes sobre os apelos para o Ministério da Agricultura agilizar medidas de proteção ao camarão nacional.


Os dados da Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado mostram que, em todo o Brasil, a carcinucultura produz, anualmente, 120 toneladas de camarão, com receita bruta da ordem de R$ 4,8 bilhões, sendo o Ceará detentor de 50% dessa produção (65 mil toneladas).


FORÇA ECONÔMICA NO CEARÁ


Os números mostram, ainda, que o cultivo e a comercialização de camarão geram receita de R$ 1,6 bilhão no Ceará. A atividade é desenvolvida em 60 municípios cearenses, ocupando 13.500 hectares em 1.800 fazendas e empregando um contingente de 25.000 pessoas.


Segundo a Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado, o Ceará se destaca no setor da carcinucultura com 22 laboratórios de produção pós-larvas (filhotes), 25 indústrias de processamento e três fábricas de ração, além de 46 empresas fornecedoras de insumos e forte investimentos na formação profissional – 9 cursos técnicos, de graduação e pós-graduação.


CAMPEÃO DE PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO


O Ceará, de acordo com a Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado, é o terceiro maior exportador de camarão do País, com 9,9 mil toneladas e receita de US$ 94,43 milhões. O Estado se destaca, também, como maior produtor de camarão, lagosta e atuns.

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