Os bons ventos sopram em direção ao Bairro do Passaré, em Fortaleza, onde está a sede do Banco do Nordeste que, na noite desta quarta-feira, anunciou, por meio da assessoria de imprensa, um lucro de R$ 710 milhões e 400 mil no primeiro semestre de 2021. O lucro é mais do que o dobro do registrado no mesmo período de 2020, que chegou R$ 332,5 milhões. O crescimento do lucro é de 113,6%. O balanço completo do Banco está publicado no portal da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Segundo nota do Banco do Nordeste, somente, no primeiro semestre deste ano, foram contratados R$ 20 bilhões e 380 milhões em 2,6 milhões de operações de crédito, beneficiando empreendimentos e empreendedores dos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe e de estados do Norte de Minas Gerais e Norte do Espírito Santo.

De acordo com o Banco do Nordeste, os valores aplicados tiveram um incremento de 11% em relação ao resultado alcançado em igual período do ano passado, mesmo com os contratempos gerados pela crise sanitária, o que, na avaliação dos dirigentes da instituição, evidencia sinais de retomada da economia.

Os dados mostram, ainda, que, do volume total de recursos investidos, 66,6% (R$ 13,57 bilhões), equivalentes a 329,4 mil operações de crédito, destinaram-se a financiamentos de longo prazo. A área rural registrou a maior participação, com 37,4% (R$ 5,07 bilhões), seguindo-se a infraestrutura, com 34,9% (R$ 4,74 bilhões), Comércio, com 10,1% (R$ 1,4 bilhão), Serviços, com R$ 9,4% (R$ 1,3 bilhão), e Indústria, com 8,2% (R$ 1,1 bilhão).

CRÉDITO AGRÍCOLA

O volume de contratações com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal funding do BNB, alcançou, entre janeiro e julho de 2021, R$ 12,57 bilhões, correspondentes a 327,3 mil operações de crédito.

Se avaliados os investimentos por setor econômico, um dos maiores destaques é da área rural – com R$ 4,16 bilhões em 311,3 mil operações de crédito, registrando incremento de 10,7%, em termos de valores, em comparação com as contratações realizadas em igual período de 2020.

INVESTIMENTO E GERAÇÃO DE EMPREGOS

O presidente do Banco do Nordeste, Romildo Carneiro Rolim, ao falar sobre os números do primeiro semestre, destaca que os R$ 12,57 bilhões contratados com recursos do FNE devem gerar ou manter, pelo menos, 577 mil e 700 empregos na área de atuação do Banco, ocupações que, segundo ele, refletem a entrada de novos trabalhadores, formais e informais, no mercado, ou a manutenção do emprego em decorrência dos financiamentos contratados.
Romildo Rolim disse, ainda, que a estimativa dos impactos econômicos resultantes das aplicações com recursos do Fundo aponta, ainda, para o incremento de R$ 4,13 bilhões na massa salarial, de R$ 2,48 bilhões na arrecadação tributária, de R$ 25,87 bilhões no Valor Bruto da Produção e de R$ 16,28 bilhões no Valor Adicionado à Economia.

(*) Com informações da Assessoria de Imprensa do Banco do Nordeste