Uma barragem da Vale do Rio Doce rompeu-se na cidade de Brumadinho, próxima a Belo Horizonte na manhã desta sexta-feira. Os rejeitos inicialmente atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. A Vale acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens. Segundo a empresa, a prioridade é “preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes da comunidade”.

O Ministério do Meio Ambiente divulgou nota em que informa ter criado um “gabinete de crise” para atuar no caso do rompimento da barragem. Segundo os bombeiros, pelo menos 200 pessoas estão desaparecidas.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, viajou ao local acompanhado do presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, para acompanhar o desenrolar do caso. Segundo a nota do órgão, uma equipe do Ibama já está no local atuando juntamente à Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais.

“A preocupação inicial do governo federal é com o resgate de vítimas, atendimento à região e a proteção de pontos de captação de água”, acrescenta o informe. Além do ministro do Meio Ambiente, também foram à cidade os titulares das pastas de Minas e Energia e de Desenvolvimento Regional.

Para além das vítimas, no caso do abastecimento há uma preocupação pelo fato do rio próximo à barragem, Paraopeba, ser fonte de água da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os bombeiros informaram que os rejeitos atingiram o rio. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), afirmou em nota que a população não seria prejudicada.

O Hospital João XXIII, instituição pública vinculada ao estado de Minas Gerais e sediada em Belo Horizonte, acionou um plano de atendimento para múltiplas vítimas de catástrofes. Até o momento, a instituição confirmou a chegada de duas pacientes, de helicóptero.

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que o Sistema de Comando de Operações (SCO) está estruturado no Centro Social do Córrego do Feijão, em Brumadinho. “Vários órgãos, principalmente de segurança pública, estão no local e em reunião neste momento definindo as estratégias de atendimento”, diz a nota.

Ao lado do Centro Social do Córrego do Feijão, há um campo de futebol que está sendo usado como área de avaliação e triagem das vítimas para atendimento médico, além de estacionamento de viaturas. Também foi estruturado um posto para arrecadação de alimento na Faculdade Asa de Brumadinho.

O Corpo de Bombeiros informou que está atuando com 51 militares, e que contam ainda com seis aeronaves.

O presidente Jair Bolsonaro fez hoje (25) um pronunciamento, no Palácio do Planalto, para anunciar as medidas emergenciais para tentar buscar soluções para “minorar” a tragédia. Ele confirmou que amanhã (26) cedo estará no local. Também destacou que um gabinete de crise monitora a situação.

Bolsonaro reiterou o envio nesta sexta-feira para a região dos ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles; de Minas e Energia, almirante Beto Albuquerque Júnior; e Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.

COM AGÊNCIA BRASIL