A eleição para as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado mexe diretamente com a Esplanada dos Ministérios. Para apoiar os aliados, o presidente Lula liberou 11 ministros – entre deputados federais e senadores, que irão assumir os mandatos e, nessa quarta-feira, votar em Artur Lira (PP-AL) para comandar a Câmara e em Rodrigo Pacheco(PSD-MG) para presidência do Senado.

Nessa lista, está o cearense Camilo Santana (PT), eleito senador com 3 milhões e 300 mil votos e que, desde o dia primeiro de janeiro, ocupa o cargo de Ministro da Educação. Com a saída de Camilo, o comando do Ministério da Educação fica nas mãos da secretária executiva da pasta Izolda Cela.

Além de Camilo Santana, outros ministros que se afastam temporariamente são os titulares do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT-PI), dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), e da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), da Agricultura, Carlos Fávaro, de Relações Institiconais, Alexandre Padilha, do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT-SP), do Trabalho, Luiz Marinho (PT-SP), da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta (PT-RS), do Turismo, Daniela Carneiro (União-RJ), e das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA).

FACILIDADE NA CÂMARA

A vitória de Artur Lira para o biênio 2023-2024 é tida como certa. O alagoano avançou nas articulações com os aliados do presidente Lula e capitalizou apoio de quase todos os partidos, incluindo, o PT, que chega à nova legislatura com 68 parlamentares. Outras duas siglas – PC do B e PV, que, com o PT formam uma federação, elegeram, cada uma, seis deputados. Ou seja, o bloco tem 80 votos, atrás do PL que empossa, nessa quarta-feira, uma bancada com 90 deputados federais. Lira tem como adversário o deputado Chico Alencar (PSOL).

DIFICULDADE NO SENADO

Se na Câmara o cenário é de estabilidade e tranquilidade para o presidente Artur Lira, o mesmo não se pode dizer do Senado, onde o senador Rodrigo Pacheco (PSD), aliado do Palácio do Planalto, enfrenta uma dura eleição contra o senador Rogério Marinho (PL).

Rogério tem o apoio dos senadores que conquistaram mandatos na base do então presidente Jair Bolsonaro e atrai votos de outros parlamentares que tem fortes conflitos com a base do Governo Lula nos Estados. Sem chances nessa disputa, está o senador Eduardo Girão (Podemos) que se lançou como candidato independente ao comando do Senado.

ASSUNTO NO JORNAL ALERTA GERAL

O afastamento temporário dos 11 ministros que deixam os cargos para assumir mandatos na Câmara e no Senado, ganha destaque, nesta terça-feira, na edição do Jornal Alerta Geral, que começa às 7 horas da manhã. O Jornal Alerta Geral é gerado pela FM 104.3 – Grande Fortaleza e tem transmissão pelas redes sociais do @cearaagora.