Uma guerra sem data para acabar está sendo travada, desde o início do ano passado, entre a Prefeitura de Caucaia e a Empresa Marquise. O prefeito Naumi Amorim acusa a Marquise de cobrar caro, não limpar bem a cidade e mandou auditar o contrato da limpeza pública.
A auditoria da Controladoria Geral do Município detectou várias irregularidades como excesso de carga; tempo insuficiente para transporte de lixo até o seu destino final; diferença de tara (peso do veículo descarregado) de quase duas toneladas no mesmo veículo e número de rotas de veículos superior aos números de rotas registradas no aterro.
Uma reportagem do Jornal Grande Porto, que circula em Caucaia e cidades da RMF, relata que a conta é astronômica: entre 2007 e 2017, segundo o Portal da Transparência do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a Marquise recebeu dos cofres da Prefeitura de Caucaia a importância de R$ 136.404.000,00.
A variação de valores pagos a cada ano chama, também, a atenção: em 2015, a Marquise embolsou R$ 29.854.033,00, enquanto, em 2012, a coleta de lixo custou R$ 6.394.482,23 ao Município. A guerra foi parar na Justiça. A Prefeitura montou uma força tarefa para limpar a cidade após a Marquise abandonar os serviços de recolhimento do lixo.
O prefeito Naumi Amorim decretou estado de emergência e, com essa iniciativa, a Prefeitura pode contratar, por meio de dispensa de licitação, uma empresa para realizar os serviços que a Marquise abandonou. Naumi anunciou, porém, que caberá ao próprio Município contratar pessoal e equipamentos para fazer a limpeza da cidade.
A guerra pelos milhões de reais do lixo de Caucaia, que tem repercussão no Ceará uma vez que a Marquise é responsável por serviços de limpeza pública em vários municípios, ganhou destaque, nesta sexta-feira, 5, no Bate Papo Político, do Jornal Alerta Geral (FM 104.3 – Expresso Grande + 22 emissoras no Interior), entre os jornalistas Beto Almeida e Luzenor de Oliveira.
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