O ministro da Economia, Paulo Guedes, mostrou, durante audiência na Câmara que durou oito horas, uma postura diferente da mostrada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) – mais didático e elaborado nas respostas apresentadas. Mesmo em confronto (nos momentos finais), o governo conseguiu equilibrar o peso entre parlamentares de oposição e situação.
O assunto ganhou destaque no Bate Papo Político desta quinta-feira (9), entre os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida, que elogiaram a postura do ministro e de sua equipe em trazer números para embasar a proposta. “O ministro disse claramente como era a situação da Previdência em relação ao número de contribuintes.”
Os jornalistas pontuaram os números apresentados por Guedes, que afirmou que, na década de 80, após os 65 anos, as pessoas viviam em média mais 11 anos – hoje, chegam a 17 anos. Segundo o ministro, a expectativa é que esse índice ainda aumente ao longo das próximas décadas. Com isso, a expetativa é que a Previdência fique sobrecarregada.
Há 40 anos, nós tínhamos 14 contribuintes por idoso, hoje, nós temos sete contribuintes por idoso e quando os filhos e os netos dos presentes aqui pensarem em se aposentar, de acordo com a demografia, serão 2,3 jovens para cada idoso.
Os jornalistas destacaram, ainda, que existem “a parte da previdência que dá prejuízo é dos servidores públicos“, fazendo referência a uma das frases ditas pelo ministro e que gerou polêmica na audiência – Guedes disse que o Legislativo ganha 20 vezes mais do que a média das aposentadorias.
Esta ilustre plateia do Legislativo tem aposentadoria média de R$ 28 mil. Não é razoável que quem legisla legisle em benefício próprio, para ter aposentadoria acima da média.
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