As lideranças políticas e dirigentes partidários trabalham com um novo cenário da corrida pela Prefeitura de Fortaleza após a desincompatibilização de assessores do Governador Camilo Santana (PT) e do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT). Três nomes de prefeituráveis entram nesse contexto: Nelson Martins (PT) e Elcio Batista (PSB), ligados a Camilo, e Samuel Dias, ex-secretário de Governo do Município. Os deputados José Sarto e Salmito Filho e a vice-governadora Izolda Cela – todos do PDT, são, também, opções ao Paço Municipal.


Os jornalistas Beto Almeida e Luzenor de Oliveira, no Bate Papo Político, do Jornal Alerta Geral, edição desta sexta-feira, fazem uma análise sobre a disputa pela Prefeitura de Fortaleza, a ausência de um nome no PDT com força eleitoral, se comparado com o favoritismo do Capitão Wagner (PROS), a consolidação da pré-candidatura de Luizianne Lins (PT), as articulações que surgem para uma eventual união entre PT e PDT e o debate sobre o adiamento das eleições municipais.

Beto pontua as mudanças ocorridas nos cargos da prefeitura e no governo do Estado do Ceará. Ele destaca as descompatibilizações de Samuel Dias, deixando a secretaria de governo da capital, bem como Alexandre Pereira saindo da Secretaria de Turismo e Ferruccio Feitosa também se colocando como opção após deixar a Secretaria da Regional II.

“Os nomes que entraram nessa lista de opções pra disputar seja como prefeito ou vice prefeito a prefeitura de Fortaleza, é uma parte da negociação política importante porque a partir da parte que se colocar os nomes na mesa, agora se começa o processo de definição da prefeitura de Fortaleza em torno de nomes que vão compor o arco de aliança de partidos que estão aliados com o prefeito Roberto Cláudio”

No governo de Camilo Santana, Beto salienta a descompatibilização do secretário da Casa Civil, Elcio Batista, assim como o secretário de Relações Institucionais, Nelson Martins. Ele ainda pontua que o presidente da Assembleia Legislativa, José Sarto, é um “nome que continua sim no jogo da sucessão” e que na própria AL existem outras opções. Esses nomes surgem como possíveis candidatos a prefeito ou vice-prefeito de Fortaleza na disputa contra o candidato de oposição Capitão Wagner.

“De estilo moderador, conciliador e sem áreas de atrito, Nelson martins é a novidade nesse cenário de indefinição sobre o nome que possa unir PT e PDT nessa corrida pela prefeitura de Fortaleza”, diz Luzenor que ainda destaca o fato de o PDT, sigla do atual prefeito Roberto Cláudio não ter conseguido obter nenhum sucesso em evocar um nome sólido para representar a a

gremiação no pleito municipal

Beto Almeida, por sua vez, fala que o Nelson realmente entrar como uma opção de viabilizar uma retomada da aliança entre PT e PDT, a qual é defendida pelo presidenciável Ciro Gomes como uma forma de combater Capitão Wagner. Ele diz, no entanto, que a decisão precisa passar ainda pelo crivo do ex-presidente Lula e pela deputada federal Luizianne Lins, ambos que defendem a candidatura própria do PT.

“O jogo está sendo jogado, é uma tentativa de se fazer uma alinaça diante de um cenário que não há um nome ainda viabilizado, nome forte, que possa fazer frente ao Capitão Wagner. Essa união é possível? É possível, em política tudo é possível, não é fácil, precisa mesmo combinar com a russa Luizianne Lins.”


A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao autorizar a realização virtual das convenções para escolha de candidatos a prefeito e vereador às eleições de 4 de outubro – data do primeiro turno do pleito, é uma sinalização de que a Corte insiste na manutenção do atual calendário eleitoral. Deputados federais e senadores podem decidir, neste mês, por meio de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) adiar as eleições e transferir o primeiro e segundo turnos para o final de novembro e início de dezembro. Muitas mudanças, como afirma o jornalista Beto Almeida, podem acontecer.

“É uma precipitação por enquanto já se pensar em convenções virtuais. Em junho o Congresso deve votar uma emenda a constituição e a perspectiva maior é essa de tomar uma decisão, votando o adiamento das eleições do dia 4 de outubro para o final de novembro. Se isso ocorrer, de fato, não faz sentido o TSE recomendar as convenções virtuais…isso não vai acontecer, se em junho o Congresso tomar uma decisão dessa, é logico que a convenção deverá ser esticada para adiante”, afirma Beto Almeida.


ALERTA GERAL
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