Cobrança! Prefeitos de todo o país cobram o governo federal e o congresso nacional pelo retorno do auxílio emergencial, bem como em prol da renegociação de dívidas dos municípios com a União. As pressões ocorrem em virtude das consequências econômicas causadas pela pandemia da Covid. O assunto foi destaque no Bate-Papo político desta quinta-feira (28).
Mais informações sobre o avanço das mobilizações dos gestores municipais frente ao crescimento dos casos de coronavírus no país, você acompanha na matéria do correspondente Cid Ferreira.
O jornalista Luzenor de Oliveira destaca, inicialmente, que as pressões dos prefeitos acontecem há pouco dias da definição do comando da Câmara Federal e do Senado. As casas legislativas retomam suas atividades no próximo dia 03 de fevereiro e as demandas dos gestores municipais são pautas presentes nas discussões entre os parlamentares.
“Pelos próximos meses os prefeitos já estão prevendo tanto dificuldades tanto na área da arrecadação tributária quanto também na assistência social para quem nesse momento está sem o auxílio emergencial. Daí essa cobrança e essa mobilização deflagrada pelas associações dos prefeitos que tem como principal coberto a CNM (Confederação Nacional dos Municípios)”, diz Luzenor.
Por sua vez, o jornalista Beto Almeida pontua que a Confederação Nacional dos Municípios defende a prorrogação do decreto de calamidade pública, a manutenção do auxílio emergencial, pois entende que a ausência deste amparo financeiro para os trabalhadores informais e brasileiros que estão sem renda, é trágico.
“A medida que não existe essa ajuda do governo federal, essas populações desassistidas, vulneráveis, elas não tem outra saída, elas vão acabar pressionando o poder público e quem é que está mais próximo dessa população? Os prefeitos! São eles que vão acabar sentindo na pele essa pressão de uma parcela da população que não tem emprego fixo, que não tem uma atividade remunerada, que tem dificuldade de por a comida na mesa e pagar as contas. Esse é o problema!“, declara Beto Almeida.
Para além disso, os prefeitos também direcionam suas ações para o endividamento com a União, a fim de que o governo federal faça uma renegociações dos pagamentos atrasados com a previdência social. “Eles querem na realidade linhas de crédito para o pagamento de precatórios, esses precatórios são dívidas assumidas pelo poder público em todas as suas instâncias, no caso dos municípios pelas prefeituras, mas que na falta de liquidez, não têm como honrar esses precatórios”, finaliza Beto Almeida.