Com a proximidade das eleições e as restrições devido a pandemia do coronavírus, os partidos tentam se articular para promover as candidaturas nos municípios e ampliar o apoio popular. Uma das propostas que surge é a “livemício”, uma mistura de live com comício que é desejada por muitas siglas como forma de divulgação das candidaturas nas redes sociais. A proposta visa promover a apresentação não remunerada de cantores juntamente com os candidatos. O assunto entrou na pauta do Bate-Papo político desta segunda-feira (10).

O jornalista Luzenor de Oliveira destaca inicialmente que duramente o mês de agosto o TSE vai emitir várias resoluções sobre as eleições deste ano e que dentre essas está a avaliação sobre o questionamento do PSOL, que suscita dúvida se a realização desses shows nas redes sociais poderá realmente ser feito sem custo. Nessa perspectiva, o jornalista Beto Almeida também pontua as dúvidas que surgem com a proposta dessas lives “isso vai ser de graça? vai ter custo ou não?“.

“Sinceramente, as lives até mesmo de cantores bons que arrastam multidões, encheram literalmente a paciência dos internautas, imagina será que você vai ter paciência, vai ter saco pra acompanhar uma livemício”, disse Beto Almeida ao questionar se os eleitores irão, de fato, dar audiência e acompanhar as apresentações que os partidos desejam realizar como forma de promoção das candidaturas.

Em contrapartida, Luzenor de Oliveira diz que o projeto, de fato, traz maior atração, pois desperta uma curiosidade. “Muito diferente de ter apenas o eleitor a opção de ficar olhando um candidato fazendo propaganda e vendendo suas ideias, afirma o jornalista. Ainda sobre eleições, Luzenor destaca que o TSE pretende ampliar o momento de votação em uma hora, uma vez que a pandemia tem feito com que muitas pessoas se mantenham em casa, evitando a aglomeração.

Por fim, o jornalista Beto Almeida pontua que o TSE vai julgar também a questão do abuso religioso, de candidatos que tenham cargos de liderança em igrejas e exerçam sua influência para conseguir atingir objetivos eleitorais. Ele diz que essa resolução é difícil de ser aprovada, mas destaca que atualmente já existe o abuso do poder econômico que é a utilização de recursos financeiros para alcança maior propagação nas redes sociais:

“O abuso do poder econômico no uso das redes sociais ele fica caracterizado, porque a partir do momento que você pode considerar o volume de investimentos baixo comparando por exemplo com o custo pra compra de votos em si, mas acontece que você cria um desequilíbrio entre os candidatos que por exemplo não tem dinheiro para fazer o impulsionamento das suas propagandas da forma legal do que é previsto, então quando você vê o exagero de mensagens, aí pode ficar caracterizado sim como abuso do poder econômico”

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