Passado o primeiro turno das eleições, em que o eleitor cearense elegeu seus 46 representantes à Assembleia Legislativa (AL), que tomam posse a partir de 1º de janeiro de 2019, a Assembleia se volta agora para a sucessão da Presidência da Casa. O assunto foi destaque no Bate Papo Político de hoje, entre os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida, dentro da edição desta quarta-feira, 10, do Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza + 26 emissoras no Interior).
O jornalista Luzenor de Oliveira destacou que o atual presidente da AL, Zezinho Albuquerque (PDT), reeleito nas eleições deste ano, já se articula para tentar se eleger para o quarto mandato seguido na Presidência da Casa. Zezinho, porém, ainda espera uma confirmação de correligionários e do próprio PDT. José Albuquerque foi reeleito pela última vez para o terceiro mandato de presidente da Assembleia em dezembro de 2016.
O jornalista Beto Almeida lembrou, no entanto, que outros pedetistas desejam concorrer à sucessão de Zezinho: Sérgio Aguiar, terceiro deputado estadual mais votado no Estado (100.925 votos), e José Sarto Nogueira, que também teve uma votação expressiva (68.937 votos). Zezinho, por sua vez, também foi bem votado pelo eleitorado cearense – recebeu 79.489 votos.
Beto ressalta que o posto de Presidência da Assembleia Legislativa é um cargo importante e traz visibilidade para quem almeja se reeleger nas eleições de 2022. O objetivo dos três agora é conquistar o apoio do governador reeleito Camilo Santana (PT).
Abaixo os outros destaques do Bate Papo Político de hoje:
– Presidenciáveis e a reforma previdenciária
A reforma previdenciária, um dos temas mais polêmicos entre os candidatos ao Planalto, mas que ficou longe pauta de debates dessas eleições, parece continuar sendo o bicho papão dos candidatos Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). O assunto agora, porém, promete ser prioridade entre os presidenciáveis, como explica o correspondente do Jornal Alerta Geral, Carlos Silva:
CARLOS SILVA – REFORMA DA PREVIDÊNCIA PROMETE SER PRIORIDADE NO SEGUNDO TURNO
Bolsonaro, contudo, já se antecipou a possíveis questionamentos e disse que fará sua própria reforma previdenciária, além de afirmar que os deputados federais reeleitos que o apoiam não irão votar a favor do texto da reforma da Previdência do Governo Temer, que deve estar na pauta do Congresso Nacional no mês de novembro.
– Resultados das eleições pode levar 14 partidos à extinção
Em vigência desde outubro do ano passado, a cláusula de barreira pode levar 14 dos 35 partidos políticos no Brasil à extinção em 2019. Aprovada há um ano pelo Senado, ela prevê que, para que um partido tenha acesso ao fundo partidário, ele precisa ter um mínimo de 1,5% de votos válidos nacionalmente ou eleger nove deputados federais em nove estados da União, pelo menos.
Entre os partidos que correm risco de eleição estão o PCdoB, da vice de Fernando Haddad (PT), Manuela D’Ávila e a Rede de Marina Silva. Além desses, PRP, PMN, PTC, PPL, DC, PMB, PCB, PCO, PSTU, Novo e Patriotas também não elegeram o mínimo previsto na Cláusula de Barreira. Três desses tiveram candidatos à Presidência da República em 2018: PSTU, com Vera Lúcia, o DC, com Eymael, o Patriotas com Cabo Daciolo e PPL com João Goulart Filho.
– Partidos se movimentam para 2º turno
Passado o primeiro turno, os partidos dos candidatos derrotados na disputa presidencial, e aqueles que apoiaram esses candidatos, já se movimentam para definir se apoiam algum dos candidatos que ainda estão vivos na disputa – Bolsonaro (PSL) ou Haddad (PT) – ou se mantêm a neutralidade neste segundo turno, liberando seus filiados para apoiarem o presidenciável de sua preferência.
PSDB, de Geraldo Alckmin, quarto lugar nas eleições deste ano, por exemplo, optou pela neutralidade, assim como o PP, partido de sua vice, Ana Amélia, e o PHS, que apoiou a candidatura de Henrique Meirelles (MDB). Já o PTB, que apoiou Alckmin, declarou apoio ao candidato Bolsonaro, enquanto o PSB, que se manteve neutro no primeiro turno, já confirmou que vai estar do lado do candidato Haddad. O PDT, partido do candidato Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado nas eleições deste ano, define, nesta quarta-feira, se vai apoiar ou não a candidatura de Fernando Haddad – um apoio a Bolsonaro já está descartada.
Confira no player abaixo o Bate Papo Político na íntegra! Os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida também discutiram sobre os erros das pesquisas de intenção de votos feitas pelos Institutos de Pesquisas pelo País divulgadas antes do primeiro turno das eleições. O debate entre os dois foi acalorado!