A Política cearense entrou na mira da operação realizada pela Polícia Federal sobre produção de notícias falsas no país. As investigações, que foram determinadas pelo Supremo Tribunal Federal, têm como um dos alvos o gabinete do deputado estadual Delegado Cavalcante, no que seria uma célula deste programa nacional de produção de fake news. O tema foi colocado em discussão no Bate-Papo desta segunda.

Segundo uma reportagem do jornal Estado de São Paulo, as investigações mostraram que cada núcleo regional seria responsável por alimentar páginas de linchamento virtual. Aqui no estado, a acusação é de que os assessores do deputado Cavalcante seriam os responsáveis pela produção de fake news. O parlamentar ainda é investigado pelo Ministério Publico do Estado sobre o uso de funcionários no horário do expediente para colher assinaturas endereçadas ao partido Aliança pelo Brasil.

“O gabinete do ódio fincou suas bases aqui no estado do Ceará” diz Beto Almeida que detalha o gabinete do ódio como sendo a central de produção de notícias falsas sobre adversários políticos. De acordo com ele o núcleo fica instalado em Brasília, em uma das salas do Palácio do Planalto e é comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República Jair Bolsonaro.

“Essa produção em massa de notícias falsas que ataca a reputação de políticos adversários do bolsonarismo, deitou raízes em vários estados, vem de Brasília, mas tem seus escritórios com uma ampla atuação no Ceará, Rio de Janeiro, São paulo, Minas Gerais”, afirma Beto Almeida que completa dizendo que esta situação coloca o deputado Delegado Cavalcante na berlinda junto com o também deputado Andre Fernandes, ambos representantes do bolsonarismo no Ceará.

“Isso é ruim, porque destorce o conceito de democracia, pois democracia é pra se viver no contraditório, inclusive trabalhando com adversário, mas ai você transforma um ato normal numa produção facciosa de notícias falsas atacando a reputação, atacando a produção legislativa de adversário, é algo que seja a ser criminoso”, finaliza Beto.