O Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou um relatório que revela uma quantia milionária de recursos gastos com obras da área da saúde que estão paradas. Os dados mostram que nos sete estados campeões de casos de coronavírus, mas de R$ 226 milhões de reais foram empregados em obras que estão paralisadas. A temática foi pauta do Bate-Papo político desta terça-feira (12)

A falta de leitos disponíveis nas unidades de saúde pública tem sido o principal problema para os órgãos da saúde. Com diversas internações diariamente, hospitais estão sobrecarregados com suas UTis e os gestores se articulam para conseguir pensar em alternativas que possibilitam melhor atendimento à toda população que padece com disseminação da doença.

Nesse sentido, o relatório do TCU nos traz a dura realidade do que poderia ter sido feito com mais eficácia e hoje estaria sendo utilizado para dirimir o problema na saúde. Conforme o documento, o Brasil tem 613 milhões de reais aplicados em 376 obras inacabadas, nos sete estados mais afetados pela Covid-19 (São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Amazonas, Maranhão e Pará) estão concentrados 36% desse valor, um total de R$ 226 milhões de reais desperdiçados.

Dentro do Bate-Papo político, o jornalista comenta que o estado do Ceará possui um exemplo bem claro do que o relatório traz, tendo um empreendimento na área da saúde que custou uma alta quantia financeira e ainda permanece em inatividade:

“O Ceará mesmo é exemplo de obras paradas, obras essenciais na área da saúde, que deveriam estar prestando um serviço inestimável. E o exemplo claro disso, é o hospital regional de Itapipoca, concluído desde 2014, mas um velho problema que é o custeio desse hospital. Porque construir aparece verba, a expansão da estrutura física até que não é difícil não, agora pense o custo da expansão sendo uma despesa corrente com medicamentos, aparelhos, pagamento de pessoal, manutenção”

Beto destaca, entretanto, que há uma boa notícia para o Ceará com o fato de que esse hospital está pronto para funcionar após o surgimento de recursos oriundos de uma parceria entre o governo estadual, com a prefeitura de Itapipoca e a Fundação Amadeu Filomeno. A ação conjunta permitirá agora que o hospital sirva como uma ferramenta de combate ao coronavírus.

“Você imagina a quantidade de pessoas que um hospital desse porte vai poder atender e literalmente tirar o estado do Ceará dessa dificuldade imensa de leitos que nos temos hoje”