Um dos principais desafios enfrentados pelos gestores estaduais e municipais tem sido convencer a população a permanecer em casa e evitar o fluxo nas ruas para que o contágio pela covid-19 seja minimizado. No Ceará, o governador Camilo Santana e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, têm unido esforços para conscientizar a população no combate ao avanço da doença. O assunto entrou no Bate-Papo político desta segunda-feira (11).
No quarto dia de bloqueio total, decretado pelo governo estadual, tem-se visto uma diminuição do tráfego de veículos, bem como redução do numero de pessoas nas ruas. Todavia, as forças de segurança ainda registram diariamente cenas de aglomeração e o descumprimento do lockdown. O Estado do Ceará atualmente tem mais de 1.100 mortes e quase 17 mil casos confirmados, um cenário preocupante para os gestores.
A adesão ao lockdown, ao chamado bloqueio mais ridigo, superou os 50 por cento, o ideial era 70, a gente viu que os crredeos aderiaram, mas o problema continua sendo nos bairros, esses bairros mostraram que a vida continua normal, e isso impoe que aprefeiuta, estado e policia esteja de forma mais intensa. pressão de empresarios e outros categorias que ficaramd de fora das tividade essenciais, eu me refiro por exemplo os advogados.
Apesar da situação adversa, com o sistema de saúde inflado, hospitais públicos sobrecarregados e o número de contaminações crescente, a classe empresarial apela às autoridades para que flexibilizem o isolamento social a fim de que o comércio possa reabrir aos poucos. Além disso, algumas categorias não incluídas nas atividades essenciais também pedem mais afrouxamento nas regras.
O jornalista Beto Almeida comenta o assunto e diz que o presidente Jair Bolsonaro segue afirmando que irá incluir outras categorias de profissionais entre as que são consideradas essenciais e que sua intenção é seguir contrariando governadores e prefeitos a cada dia e a cada semana:
“Na realidade o presidente Jair Bolsonaro, quer cada vez mais a abertura das atividades, governadores e prefeitos estão segurando essa onda sozinhos e eles tem o outro lado dessa moeda que é cumprir e fazer valer os decretos municipais e estaduais pra que a coisa chegue ao bom termo”
Em sua fala, o jornalista Luzenor de Oliveira pontua que o apelo dos gestores cearenses têm como foco a capital cearense pelo alto número de mortes. Contudo, ele também diz que a doença está presente está em quase todas as cidades do Ceará e “atinge de forma indistinta ricos e pobres”. Por isso, os cearenses precisam ficar atentos, especialmente os que precisam dos serviços bancários:
“É difícil segurar as pessoas em casa quando falta alimentação e quando muitos precisam ir a uma agência lotérica ou uma agência bancária para sacar o dinheiro de um benefício social. Há uma necessidade dessa consciência coletiva sobre a importância desse isolamento social, mas é preciso compreender também que se você tem um dinheiro a sacar, essas pessoas precisam sair de casa.”
Beto Almeida destaca que muitos municípios cearenses tem adotado barreiras sanitárias com vistas à um controle do fluxo de pessoas e ele pontua o item preocupante da aglomeração das pessoas que vão atrás dos benefícios do auxílio emergencial, bolsa família e demais abonos. Beto destaca a ação conjunta do Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e Defensoria Pública junto a Justiça Federal para que a União faça o pagamento em outros bancos e não exclusivamente nas agências da caixa e lotéricas.
“Se a união ampliar, utilizar a rede bancária existente no país de forma mais ampla, naturalmente essas aglomerações, elas serão reduzidas, alias elas irão desaparecer. Mas da maneira como está torna difícil, é como se de repente assim todo esforço que se faz por parte dos municípios, do governo do estado, vai por água abaixo porque quando chega o dia daquele benefício, tem gente que continua indo pernoitar, dormir na fila, até porque o serviço online disponibilizado pelo governo não funciona”