O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, apresenta à imprensa e à sociedade, o “Plano de Segurança Sanitária para as Eleições Municipais de 2020”, elaborado pela consultoria sanitária formada por especialistas da Fiocruz e dos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein.

“Não existe uma eleição 100% segura numa pandemia como essa, segurança era se não houvesse a eleição, que não precisa ninguém sair de casa, não precisava ninguém correr risco algum” – a fala foi dita pelo jornalista Beto Almeida ao comentar sobre o plano de segurança anunciado pelo Tribunal Superior Eleitoral para as eleições de 2020. O assunto entrou na pauta do Bate-Papo político dentro do Jornal Alerta Geral (Expresso FM 104.3 + Agora FM 107.5 + Redes Sociais) nesta quarta-feira (09).

Anunciadas pelo TSE nessa terça-feira, as medidas de segurança que visam coibir a propagação do coronavírus entre eleitores, candidatos e profissionais da Justiça Eleitoral chegam bem antes da realização do pleito deste ano para dar a possibilidade de que os brasileiros pensem e se programem sobre como irão agir no dia de ir as urnas. “São urnas que dão mais segurança e conforto para os mesários, funcionários, para quem vai trabalhar na área de segurança, para os candidatos e principalmente para os eleitores”, disse Luzenor.

Luzenor ressalta ainda que em todo o país são pelo menos 147 milhões de pessoas aptas a votar no primeiro turno das eleições, sendo 95 mil locais de votação, dentre os quais 6 mill 874 estão o interior do Ceará e na região metropolitana de Fortaleza. Ele salienta, no entanto, que a tendência é que haja uma grande abstenção neste ano devido a pandemia.“A tendência é que diante do cenário de pandemia, mesmo que em novembro tenhamos menos casos de pessoas infectadas, mas a tendencia é que o Brasil tenha uma abstenção nas eleições municipais deste ano, como uma das maiores dos últimos 30 anos”, afirmou ele.

Beto Almeida, por sua vez, pontua que as ações apresentadas pelo TSE são extremamente úteis e que não estão sendo impostas. Ele exemplifica, por exemplo, ao dizer que o eleitor que apresentar febre ou tiver sintoma da Covid-19 nos últimos 14 dias deve ter a consciência de não ir votar e poder justificar depois, tendo em vista que não haverá medição de temperatura devido a logística e o alto custo que a utilização do equipamento iria gerar.

“Gera aglomeração, porque não vai ter equipamento suficiente, o custo seria altíssimo, pra você ter por exemplo dezenas de medidores de temperatura numa escola por exemplo. Que uma escola é um local de votação, dentro desse local de votação, você tem varias sessões eleitorais. Imagina adotar essas medidas como medidor de temperatura? Nesse caso aí caberá ao eleitor, por exemplo, ter a consciência de que se ele tiver realmente sentido febre ou tiver sentido sintomas 14 dias antes ele não precisa ir votar”

O jornalista Luzenor afirma que as medias mostram a responsabilidade da Justiça Eleitoral que coordena o pleito em 5.570 municípios, onde haverá milhares de candidatos a vereador, a prefeito, além do grande contingente de pessoas a caminho dos locais de votação. “Hoje são 147 milhões de eleitores, claro, nem todos irão votar, teremos sim uma das mais altas abstenções na história das eleições municipais no Brasil. Se há de um lado o desestímulo por parte de muitos eleitores para votar em candidatos a vereador e a prefeito, com essa ameaça de transmissão da doença,com a pandemia do coronavírus, muitas pessoas não irão sair de casa para votar”, afirma Luzenor.

Por fim, Beto Almeida diz que, apesar das ações do TSE, não há como se garantir uma eleição com total segurança para todos os envolvidos. “Não existe uma eleição 100% segura numa pandemia como essa, segurança era se não houvesse a eleição. que ai não precisava ninguém sair de casa, não precisava ninguém correr risco algum, o que está sendo adotado aí é a possibilidade de se minimizar os efeitos de uma transmissão numa votação massiva, numa presença massiva de pessoas nas ruas num único dia”, finaliza.