Autoridades, políticos, colegas e conhecidos se misturam para prestar as últimas homenagens nesta terça-feira, 12, ao jornalista Ricardo Boechat, de 66 anos, em seu velório no Museu da Imagem e do Som (MIS), na zona oeste da capital paulista. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), pretende homenagear Boechat pelos serviços prestados à democracia e liberdade de imprensa.
Vamos buscar um espaço para homenageá-lo na cidade de São Paulo. Para que ele seja eternizado, para mostrar o exemplo que ele era para as futuras gerações, afirmou Covas, que foi ao velório, que se estenderá até as 14h. O corpo será cremado à tarde.
O prefeito destacou o serviço que Boechat prestou ao país e à democracia com suas críticas contundentes.
É uma perda para a democracia, porque é o jornalismo livre, isento que garante a democracia no país. Sempre que ele falava todo mundo parava para prestar a atenção, colocava o dedo na ferida, ajudava a passar o país a limpo.
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Emoção
Veruska Seibel Boechat, viúva do jornalista, lembrou os últimos momentos na companhia do marido. “Ele saiu bem, estava feliz. A gente passou um fim-de-semana com todos os seis filhos dele, o que é uma coisa rara, são muitos. Os quatro adultos moram no Rio, as nossas filhas moram aqui”, disse.
A viúva afirmou que não gostava que o marido se valesse de serviços de mototaxi ou taxi aéreo para conseguir conciliar a agenda corrida. Boechat morreu em um acidente de helicóptero no início da tarde de ontem (11). A aeronave caiu na Rodovia Anhanguera, quando retornava de uma palestra em Campinas, mantado também o piloto Ronaldo Quatrucci.
Tenho muito orgulho dele, da coragem dele. Porque fazer jornalismo e não se posicionar é muito cômodo do que comprar as brigas, como ele sempre comprou, enfatizou Veruska, citando o marido no presente.