O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou nesta segunda-feira (26), por meio do Twitter, o general-de-divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz para comandar a Secretaria de Governo.

Santos Cruz é o quarto militar indicado por Bolsonaro para integrar seu futuro governo. Os outros militares são: general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), general Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e o tenente-coronel Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).

O atual chefe da Secretaria de Governo é o ministro Carlos Marun. A pasta fica no Palácio do Planalto e cuida, entre outras atribuições, da articulação do governo com o Congresso. Segundo a assessoria de Bolsonaro, a Secretaria de Governo manterá o status de ministério.

Santos Cruz tem participado de reuniões de Bolsonaro com embaixadores no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sede do gabinete de transição. O general era cotado para integrar a equipe de Sérgio Moro no Ministério da Justiça, porém foi escolhido para a Secretaria de Governo.

O ministro que coordena a transição e futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou há duas semanas que a Secretaria de Governo seria incorporada pela Casa Civil. Assim, funcionariam três ministérios no Planalto: Secretaria-Geral, Gabinete de Segurança Institucional e a própria Casa Civil. Com a indicação desta segunda, quatro pastas continuarão com gabinetes no Planalto.

Perfil

Natural de Rio Grande (RS), Carlos Alberto dos Santos Cruz é formado em Engenharia Civil e chegou ao posto de general de divisão no Exército.

O militar, de 66 anos, comandou as missões de paz da ONU no Haiti (2007 a 2009) e na República Democrática do Congo (2013 a 2015) e chefiou a Secretaria Nacional de Segurança Pública durante parte da gestão do presidente Michel Temer.

Santos Cruz também trabalhou como consultor da Organização das Nações Unidas (ONU) em razão de sua participação nas missões de paz.

Com experiência internacional no currículo, Santos Cruz é conhecido por ser um general “linha de frente”. Em 2015, na República Democrática do Congo, o helicóptero que levava o general brasileiro foi alvo de tiros de grupos rebeldes.

A aeronave teve de fazer um pouso de emergência. “Essas coisas fazem parte do trabalho. Faz parte da vida”, disse Santos Cruz à época.

O general também foi adido militar na embaixada do Brasil em Moscou (Rússia), entre 2001 e 2002. Ele ainda atuou como conselheiro do Banco Mundial para a elaboração do Relatório de Desenvolvimento Mundial 2011 e integrou o grupo de conselheiros da ONU para a revisão do reembolso aos países que contribuem com tropas em missões de paz.

Com informação do G1