O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender nesta sexta-feira (17) a reabertura de comércios em meio à crise do coronavírus. Em solenidade de posse do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, o chefe do Executivo falou sobre a questão que vem defendendo e pediu para que Teich encontre um meio termo. Bolsonaro ainda reconheceu o risco que corre ao pressionar a medida.
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“Todos nós, em especial o Mandetta, torcemos pelo seu sucesso porque o seu sucesso poupa vidas, poupa pessoas que possam ser jogadas ao desemprego e poderá, ao nosso entender, buscar uma alternativa para isso. Junte eu e o Mandetta e divida por dois. Pode ter certeza que você vai chegar naquilo que interessa para todos nós. Nós não queremos vencer a pandemia e daí chamar o Dr. Paulo Guedes para solucionar as consequências de um povo sem salário, sem dinheiro e quase sem perspectiva em função de uma economia que a gente vê que está sofrendo vários reveses”, apontou Bolsonaro.

O presidente também agradeceu ao ex-ministro Mandetta pelo trabalho prestado. “Eu tenho certeza que o Mandetta deu o melhor de si para atingir os seus objetivos e eu agradeço Mandetta, do fundo do coração. Aqui não tem vitoriosos nem derrotados. A história lá na frente vai nos julgar e eu peço a Deus que nós dois estejamos certos lá na frente. Então, essa briga de começar a abrir para o comércio é um risco que eu corro porque se agravar vem para o meu colo. Agora o que eu acredito e que muita gente já está tendo consciência é que tem que abrir. Hoje mesmo, acreditando na imprensa brasileira, vi uma matéria que 50% dos prefeitos estão divididos no tocante a abertura. Até pouco tempo, era 100% contrário ou 99%. Eu tenho certeza que eles sabem dessa necessidade”.

Reabertura de fronteiras 

Bolsonaro também defendeu a reabertura das fronteiras e disse que conversou com Moro sobre o assunto e pretende consultar outros ministros.

“Como conversei com o ministro Moro agora pouco sobre as fronteiras. Dei a minha opinião que a gente vai conversar com mais ministros. Começar a abrir as fronteiras. Muita gente pergunta porque que tá fechado com o Paraguai se é uma fronteira seca que não temos como fiscalizá-la? Eu acredito que quando a gente for escrever alguma coisa é para ser cumprido. A mesma coisa no tocante ao Paraguai. Então isso, a gente vai, tendo informações e vai decidindo, assim como qualquer portaria restritiva tem que passar agora pelo crivo da chefia da Casa Civil”, concluiu.

(*)com informação do Correio Braziliense