Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro ao comentar nesta sexta-feira (5) a aprovação do relatório da reforma da Previdência (PEC 6/19) na comissão especial da Câmara, disse que o governo fez sua parte e que é possível corrigir no plenário “possíveis equívocos”.

“Fizemos nossa parte. Entramos com o projeto, agora, o governo não é absoluto, não é infalível, algumas questões serão corrigidas, com toda certeza, junto ao plenário”.

E completou “o comando agora está com o nosso presidente [da Câmara] Rodrigo Maia. Tenho certeza que vamos conversar, vamos trazer o Paulo Guedes [ministro da Economia] para conversar, também trazer demais lideranças. Estamos dispostos a conversar. Temos certeza que podemos corrigir possíveis, não digo injustiça, mas possíveis equívocos que por ventura ocorreram até o momento”, disse em entrevista a jornalistas após participar de cerimônia do Batalhão da Guarda Presidencial.

Bolsonaro não citou o que poderiam ser esses possíveis equívocos. Ele avaliou que o texto aprovado como um todo foi bom e disse considerar que “pouca coisa tem que ser mexida”.

Ontem (4), Bolsonaro fez um apelo para que fossem aprovadas regras diferenciada para a aposentadoria de militares, mas a mudança foi rejeitada pela comissão especial.

O presidente voltou a defender a necessidade da reforma da Previdência.

“O governo tem que fazer de tudo para que essa previdência não morra. Uma boa previdência é aquela que vai ser aprovada e não comete injustiça com quem quer que seja, reconhecemos a especificidade de várias carreiras mas todos têm que contribuir com alguma coisa”.

Ao lado do presidente Bolsonaro, o líder do governo na Câmara, Major Victor Hugo (PLS-GO), disse que a provação foi uma vitória do país para construir uma “previdência mais justa e equilibrada”. O líder explicou que, em relação aos policiais militares e bombeiros, foi aprovado na comissão especial um destaque prevendo que a União fará uma lei complementar que vai tratar de normas gerais de aposentadoria e depois os Estados vão legislar sobre questões específicas.

Em relação às reivindicações de flexibilização na aposentadoria das outras carreiras militares, como a Polícia Federal, o líder disse foi feito um esforço para atendê-los, mas não foi possível. Ele ressaltou que talvez seja possível que isso ocorra em outro momento.

“No momento da votação infelizmente não foi possível encontrar as expectativas com as possibilidades. Isso não que dizer que isso não vá agora no plenário, ou em outro momento. Não é defender privilégios”.

Ontem, a comissão especial da Câmara aprovou o relatório da reforma da Previdência e rejeitou por 31 votos a 17, a mudança nas regras de aposentadoria para agentes de segurança. Pelo texto aprovado, policiais federais, rodoviários federais e legislativos se aposentarão aos 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição e 25 anos de exercício efetivo na carreira, independentemente de distinção de sexo.

Comemoração Militar

Bolsonaro participou nesta manhã da comemoração dos 196 anos da criação do Batalhão do Imperador e 59 anos de sua transferência para a capital federal. D. Pedro I criou o Batalhão do Imperador em janeiro de 1823 com a finalidade de consolidar a independência do Brasil e apaziguar revoltosos.

Com a transferência da capital federal para Brasília, em 1960, a unidade veio para o Planalto Central e passou a ter o nome de Batalhão da Guarda Presidencial.

Segurança

Ao ouvir de jornalista o questionamento se a Polícia Federal poderia ser mais qualificada para cuidar da segurança do presidente da República, Bolsonaro respondeu que confia totalmente no Gabinete de Segurança Institucional.

“Me sinto muito seguro, tranquilo. Não existe segurança 100% infalível, temos notícia que qualquer presidente sofre, vez ou outra, um tipo ou outro de atentado, mas confio 100% no general Heleno à frente do GSI”, respondeu.

Final da Copa América

O presidente disse que pretende ir ao Maracanã no próximo domingo (7) assistir ao jogo final da Copa América entre Brasil e Peru e tem a intenção de ir ao gramado com o ministro da Justiça, Sérgio Moro. “Irei com Sérgio Moro junto ao gramado e o povo vai dizer se estamos certos ou não”.