Presidente eleito no último dia 28 de outubro, Jair Bolsonaro afirmou nessa quinta-feira, 1º, durante entrevista coletiva, que o seu partido, o PSL, deve ter “humildade” e não pleitear a presidência da Câmara.
Para Bolsonaro, um deputado de outro partido, comprometido com a agenda legislativa do seu Governo pode ser eleito para comandar a Casa a partir de fevereiro de 2019. Ele citou quatro nomes: Alceu Moreira (MDB-RS), João Campos (PRB-GO), Fernando Giacobo (PR-PR) e o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
“Devemos ter humildade e apoiar alguém de outro partido, logicamente com o compromisso de liberar a pauta para as questões nossas. Pode ser Rodrigo Maia, Alceu Moreira, João Campos, Fernando Giacobo e outros que vão aparecer também”, disse Bolsonaro. Cada um dos nomes citados pelo presidente eleito vem de um setor estratégico na eleição do ex-capitão do Exército.
Ligado à bancada evangélica do Congresso, o goiano João Campos, que é delegado por profissão, tornou-se um dos nomes preferidos dos aliados de Bolsonaro por pertencer aos dois principais grupos que dão sustentação ao presidente no Parlamento: os evangélicos e a bancada da segurança, conhecida como bancada da bala.
O gaúcho Alceu é do MDB, uma das maiores bancadas do Congresso, e tem forte ligação com a frente ruralista no Parlamento. O paranaense Giacobo é o vice-presidente da Câmara, já disputou a Presidência da Casa na sucessão de Eduardo Cunha, e hoje seria um nome capaz de agradar diferentes setores do Parlamento.
Atual presidente, Maia tem a simpatia de aliados e até de familiares de Bolsonaro. O filho dele, Eduardo Bolsonaro, em entrevista ao Jornal O Globo, elogiou as qualidades do deputado.
“Ele tem uma boa relação com a gente. O perfil dele é de articulador. É uma pessoa aberta ao diálogo, mas a gente tem algumas pautas na questão cultural, que a gente sabe que o PT e o PCdoB não são simpáticos. Temos que conversar com ele para saber o que pensa”, disse Eduardo.
Com informações do Jornal O Globo