O presidente Jair Bolsonaro deve analisar o texto sobre reforma para os militares nesta quarta-feira (20). O vice-presidente Hamilton Mourão, os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha, além do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva e integrantes da equipe econômica são esperados na reunião que ocorre a partir das 10h, no Palácio da Alvorada.
O assunto ganhou destaque no Bate Papo Político desta quarta-feira (20), entre os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida, que falaram do desafio que o presidente terá na reunião. Segundo Beto Almeida, dois dilemas serão apresentados por Bolsonaro: convencer os militares de baixa patente de que a reforma é unânime, e que convencê-los de que o sacrifício é necessário.
O texto debatido, hoje, foi preparado pelo Ministério da Defesa e integrantes dos comandos da Marinha, Exército e Aeronáutica, analisado pela equipe econômica e avaliado por Mourão. A expectativa é que a proposta seja encaminhada ao Congresso Nacional ainda nesta quarta-feira, iniciando a tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Nessa terça-feira (19), Mourão disse que caberá a Bolsonaro definir sobre o envio do texto ao Congresso Nacional. No Legislativo, a matéria deverá tramitar paralelamente à PEC que altera as regras para a aposentadoria da população civil – exigência de parlamentares para garantir que todos os setores da sociedade estejam incluídos na reforma.
Comissão que acompanha Previdência
Foi adiada para a semana que vem a instalação, que estava prevista para ontem, da Comissão Especial de Acompanhamento da Reforma da Previdência no Senado. Segundo o senador Tasso Jereissati (PSDB), futuro relator do colegiado, os trabalhos só serão iniciados quando a proposta de mudança nas regras das aposentadorias começar a ser debatida na Câmara Federal.
Relatório
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), deputado Felipe Francischini (PSL-PR), deve designar até esta quinta-feira (21) o relator da proposta de reforma da Previdência na comissão. Segundo ele, o relator será um deputado experiente e com trânsito na oposição, capaz de elaborar um texto de consenso.
Francischini disse que o relatório da reforma deve ser entregue até a próxima quarta-feira (27). Segundo ele, a intenção é votar o texto em 4 de abril.