O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) não deverá mais voltar as ruas nessa campanha eleitoral e deve usar as redes sociais para se dirigir a seus eleitores nos próximos 30 dias que antecedem as eleições.

Ele recorreu à internet para tranquilizar seguidores: “Estou bem e me recuperando!”, escreveu. “Agradeço do fundo do meu coração a Deus, minha esposa e filhos, que estão ao meu lado, aos médicos que cuidam de mim e que são essenciais para que eu pudesse continuar com vocês aqui na Terra, e a todos pelo apoio e orações!”

A internação pode durar dez dias, com isso o vice da chapa general Hamilton Mourão (PRTB), e dois de seus filhos, o candidato ao Senado Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que concorre a reeleição, assumirão a dianteira nos atos de rua.

Conforme o PSL, o ataque coincidiu com o momento em que a organização da campanha pretendia intensificar os atos nas ruas. A agenda no Nordeste, que previa idas a Recife e Maceió (11) e Salvador (13) estão em suspenso. Além de comícios, caminhadas e visitas, a campanha terá de decidir sobre a participação do candidato em entrevistas e debates.

Uma ala de apoiadores formada por militares defende que Mourão assuma alguns dos compromissos do candidato. Esse grupo pode sofrer resistência de um núcleo mais político, ligado ao presidente do PSL, Gustavo Bebianno, que vinha comandando as ações de campanha.

Mourão pediu calma. “Eu acho que as primeiras declarações são sempre feitas na base da emoção e aí as pessoas acabam dizendo coisas que não deveriam dizer. Existe um velho ditado: as palavras quando elas saem da boca elas não voltam mais. Essa é uma realidade.”

Além de Mourão e os filhos de Bolsonaro, devem ficar a frente da campanha, Gustavo Bebianno, presidente do PSL e chefe do grupo político; deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), coordenador da campanha e o deputado Major Olímpio (PSL-SP) que deve puxar atos nas ruas

Com informações da folha de S.Paulo