A BR-116, que liga o Ceará ao Rio Grande do Sul, é uma das rodovias que mais matam no Brasil, de acordo com dados do Painel de Acidentes Rodoviários da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgados nesta segunda-feira (1º).
O ano de 2020 terminou com 63.447 acidentes e 5.287 mortes nas rodovias federais que cortam o país. Só no Ceará, foram 1.569 acidentes e 176 mortes no ano passado.
A pesquisa usa informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com os números, do total de vítimas, 81,8% são homens e mais da metade dos acidentes ocorreram nos fins de semana (54,8%). Além da BR-116, a BR-101– que une o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul – também é uma das que mais matam no país.
Mais dados
O levantamento também traz informações sobre os índices nas unidades da federação. Minas Gerais foi o estado com o maior número de acidentes e mortes, respectivamente, 8.363 e 717. Já O Distrito Federal contabiliza cinco vezes mais acidentes a cada 100 quilômetros que a média nacional. Na capital, o índice foi de 405 casos e, em todo o país, ficou em 81.
Unidade da federação | Número de acidentes | Número de mortes |
Rondônia | 1.485 | 82 |
Acre | 300 | 13 |
Amazonas | 137 | 16 |
Roraima | 250 | 27 |
Pará | 959 | 122 |
Amapá | 155 | 5 |
Tocantins | 595 | 98 |
Maranhão | 1.151 | 244 |
Piauí | 1,2 mil | 159 |
Ceará | 1.569 | 176 |
Rio Grande do Norte | 1.333 | 100 |
Paraíba | 1.401 | 103 |
Pernambuco | 2.557 | 317 |
Alagoas | 628 | 82 |
Sergipe | 574 | 42 |
Bahia | 3.443 | 507 |
Minas Gerais | 8.363 | 717 |
Espírito Santo | 2.530 | 142 |
Rio de Janeiro | 4.222 | 272 |
São Paulo | 4.040 | 240 |
Paraná | 7.168 | 526 |
Santa Catarina | 7.217 | 380 |
Rio Grande do Sul | 4.176 | 236 |
Mato Grosso do Sul | 1.539 | 139 |
Mato Grosso | 2.189 | 232 |
Goiás | 3.226 | 271 |
Distrito Federal | 1.040 | 39 |
Vítimas
De acordo com as informações do levantamento, as colisões entre veículos são as ocorrências mais frequentes, com 59,4% do total, e responsáveis pelo maior índice de mortes (61,8%).
Os automóveis são o tipo de veículo que mais se envolveu em acidentes (44,2%), seguido de motos (31,8%), caminhões (17,6%) e bicicletas (2,7%). A maioria das vítimas fatais tinha mais de 45 anos.