Nos últimos cinco anos o Brasil foi o segundo país que mais vendeu armas de fogo para os Estados Unidos. Foram mais de 3,5 milhões, a maioria revólveres, entre 2012 e 2016, segundo dados do Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de fogo e Explosivos dos Estados unidos (ATF, na sigla em inglês).
O país, palco do massacre que deixou 59 mortos na madrugada de segunda-feira na cidade de Las Vegas, não tem dados públicos sobre o comércio de armas, mas vem aumentando sua produção interna de acordo com o ATF. Da mesma forma, a importação e os pedidos de verificações de antecedentes criminais têm crescido. Esse documento é necessário para a compra desse tipo de produto, que pode ser encontrado até em prateleiras de supermercados.
Das mais de 23 milhões de armas importados pelos EUA em cinco anos, as vendas que vieram do Brasil representam 15% desse total, atrás apenas da Áustria. O setor de armamentos também movimenta muito dinheiro. É o que mostra o ranking elaborado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) do Brasil, que coloca empresas fabricantes como a Forjas Taurus e a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) entre as 300 maiores exportadoras do país em 2016, num ranking com mais de 25 mil exportadores liderado por Vale, Ambraer e Petrobras. Elas movimentaram mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 315 milhões) cada no ano passado.