cada 50 mortes por raios no mundo, uma ocorre no Brasil, revela estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O País ocupa a sétima posição mundial em mortes provocadas pelo fenômeno, tornando-se ainda o líder em incidência de raios, com cerca de 77,8 milhões de descargas para o solo a cada ano. De acordo com o levantamento do Inpe, elaborado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), neste século já foram registrados 2.194 óbitos ocasionados por raios, uma média de 110 óbitos no período de 2000 a 2019.

Conforme o estudo do Inpe, a probabilidade de uma pessoa morrer atingida por um raio no Brasil ao longo de sua vida é de um em 25.000. No entanto, embora a estimativa pareça pequena, a chance disso acontecer é maior do que aquela de ser mordido por um cachorro (um em 100.000). E a probabilidade aumenta em até 2,5 vezes (um em 10.000), se a pessoa estiver desprotegida em uma área descampada durante uma tempestade típica, que produz cerca de três raios por minuto. Se a tempestade for mais forte, a probabilidade é 25 vezes maior (um em 1.000).

Apesar do levantamento indicar 110 mortes anuais decorrentes do fenômeno, o Elat destaca que nem sempre um incidente provocado por um raio é fatal. Nesse caso, anualmente, cerca de 300 pessoas sobrevivem após serem atingidas por um raio. Para chegar a essa conclusão, o Elat reuniu informações coletadas pelo Departamento de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE) do Ministério da Saúde, veículos da imprensa e dados de população do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2000 a 2019.