O Brasil recebeu na noite desta quarta-feira, 8, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, o 66º lote de vacinas da Pfizer contra a covid-19. São 1.134.900 doses do imunizantes que foram transportadas para o depósito do Ministério da Saúde, em Guarulhos. A Secretaria Estadual de Saúde aguarda informação do Ministério da Saúde sobre a quantidade de doses desse lote do imunizante serão encaminhadas para o Ceará.

A Pfizer deverá enviar 200 milhões de doses do imunizante ao país até o final de 2021, por meio de dois contratos de fornecimento da vacina. O primeiro, fechado com o Ministério da Saúde, em 19 de março, prevê a entrega de 100 milhões de doses até o final de setembro. Já o segundo, assinado em 14 de maio, prevê mais 100 milhões de doses entre outubro e dezembro.

De acordo com a farmacêutica, estão previstas as chegadas de mais seis lotes até o próximo dia 12, quando deverão ter sido entregues ao governo brasileiro cerca de 72 milhões de doses. Segundo o Ministério da Saúde, foram repassadas aos estados e Distrito Federal aproximadamente 59 milhões de doses da vacina da Pfizer.

OIT alerta sobre crise do emprego que penaliza jovens e pode criar ‘bomba-relógio’ na América Latina
Um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirma que governos da América Latina precisam encarar a crise de empregos decorrente da pandemia, que está afetando principalmente os trabalhadores jovens da região. O drama econômico põe em risco a frágil estabilidade da região, diz o organismo internacional, e configura uma verdadeira bomba-relógio.

O documento aponta que 26 milhões pessoas perderam o emprego em 2020 na América Latina, com retração de 7% na atividade econômica. Essa situação afetou principalmente trabalhadores jovens, mulheres e pessoas com baixa qualificação, grupo que sofreu com perda de empregos, horas trabalhadas e renda.


Pequenas e médias empresas (que respondem pela maior fatia dos empregos) sofreram mais e, de acordo com dados da Cepal, 2 milhões fecharam as portas definitivamente ano passado.


AUMENTO DA DESIGUALDADE SOCIAL


Neste ano, a recuperação se concentra, principalmente, no setor de empregos informais. Segundo a OIT, esse contexto pode levar ao aumento de desigualdade de renda no futuro, e ainda não se equipara a níveis da pré-pandemia
‘’O impacto desproporcional da pandemia entre os jovens é uma bomba-relógio que poderia afetar a estabilidade social e política na América Latina e no Caribe. A qualidade do trabalho é muito preocupante, não melhorou’’, destaca o diretor regional da OIT, Vinicius Pinheiro, em declaração publicada pelo Jornal Extra, do Rio de Janeiro.


O diretor explica que a região carece de políticas que ajudem a pavimentar o caminho para que os trabalhadores tenham um trabalho assalariado com benefícios como atenção médica. No meio de uma recuperação ainda incipiente, cerca de 70% dos novos postos criados nos maiores países da região foram informais, o que levou a reduções salariais muito maiores.