O dia mal havia raiado, quando o cheiro de queimado começou a tomar conta do ambiente. A fumaça, revelando a fonte do problema, levou os primeiros funcionários a um transformador de energia, completamente tomado pelas chamas. A ação mais imediata foi a convocação da brigada de incêndio. Os brigadistas, vendo seus primeiros esforços superados pela força do fogo, optaram por solicitar o apoio do Corpo de Bombeiros. Enquanto o 1º Socorro, acionado via Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), seguia com a máxima celeridade, a brigada prosseguiu o combate. Variando as estratégias, acabaram conseguindo controlar as chamas por conta própria.
“O transformador ficou totalmente destruído, mas, a nossa brigada conseguiu evitar que o incêndio se alastrasse, atingindo o material de construção que se achava próximo. Utilizamos três extintores de água pressurizada, um de CO2 e um de pó químico”, explica Luiz Neto, um dos brigadistas que participaram da operação.
A legislação estadual exige que todas as edificações do Ceará que possuem área total construída acima de 750 m² e/ou mais de dois pavimentos, com exceção das edificações residenciais unifamiliares, tenham brigada de incêndio. Casas de fogos, postos de combustível e indústrias devem possuir brigada independente de área ou número de pavimentos. Os brigadistas, em número que varia de acordo com a população, o uso e a compartimentação interna do edifício, devem ser pessoas que permaneçam na edificação, possuam boa condição física e boa saúde, conheçam bem as instalações, tenham responsabilidade legal e sejam alfabetizadas.
“A brigada de incêndio é uma medida simples, barata – o custo dela se limita à capacitação adequada dos brigadistas – que pode impedir enormes prejuízos. Isso porque, por mais céleres que nós sejamos na resposta a um chamado, dificilmente conseguiremos dar uma resposta tão rápido quanto uma brigada, que já está no local. E se um incêndio é combatido assim que surge, as chances do prejuízo se limitar à fonte do fogo crescem exponencialmente”, avalia o Coronel Luís Eduardo Soares de Holanda, coordenador da Coordenadoria de Atividades Técnicas do CBMCE.
Fonte: SSPDS