O debate sobre possíveis mudanças nas regras para concessão de aposentadorias, auxílios e pensões ganha mais espaço dentro de um contexto sobre uma nova reforma previdenciária. Um novo estudo mostra que a arrecadação da Seguridade Social, em especial da Previdência, tem se mostrado insuficiente para custear as despesas do sistema ao longo dos anos, o que, para especialistas da área, exigirá alíquotas de contribuição mais altas para os segurados.


O novo estudo, que é inédito, foi realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e tem o comando dos pesquisadores Rogério Nagamine e Graziela Ansiliero. O repórter Sátiro Sales dá mais detalhes, no Jornal Alerta Geral, sobre o buraco na contas do INSS.


BURACO DE R$ 429 BILHÕES


A pesquisa mostra que, em 2023, a Seguridade Social teve gastos da ordem de 1 trilhão e 600 bilhões de reais, enquanto a arrecadação ficou em 1 trilhão, 179 bilhões, ou seja, um déficit de 429 bilhões de reais. Pelos dados da pesquisa, a receita cobre apenas 73,7% de todas as despesas, o que exigirá, a curto prazo, novas regras para os brasileiros se aposentarem ou terem direitos aos benefícios pagos pelo INSS.


Segundo, ainda, o estudo, a perspectiva é que essa insuficiência aumente ao longo do tempo, tendo em vista a esperada continuidade do crescimento das despesas, em especial da Previdência, ao mesmo tempo que as receitas tendem a ter incremento mais modesto.

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