Um cachorro da raça yorkshire foi dado como morto pelos donos de um pet shop em Bagé, no Rio Grande do Sul. No entanto, o cão de 13 anos apareceu vivo na casa da família na última segunda-feira (27). A Polícia Civil investiga o caso.
Os tutores de Flash, de 13 anos, deixaram o animal no pet shop no dia 17 de novembro, pois a família iria viajar para Porto Alegre por uma semana. Ao voltar para Bagé, no dia 24 de novembro, o tutor Augusto Xavier foi buscar o cachorro, mas a dona do local disse que ele ainda estava no banho.
“Aí passaram uma hora, duas horas e nada. Achamos estranho e ligamos para a pet [shop]. Foi quando a dona disse que levaria o Flash para a casa da [minha] mãe”, relembrou o tutor, que mora em outra residência, ao portal G1. Horas depois, a dona do estabelecimento informou à família que Flash teria morrido.
Segundo a mulher, o cachorro teria tido um infarto durante o temporal que atingiu a cidade e não resistiu. Depois de muita insistência, uma caixa com os “restos mortais” de Flash foi entregue aos tutores para ser enterrado em uma propriedade da família, conforme tradição.
“Estranhamos, porque nos entregaram um pacote meio redondo e o animal é meio… ‘quadrado’, né? Além disso, perguntamos sobre as coisas do Flash e disseram que tinham acabado ficando dentro (do pacote)”, explicou o gaúcho, ao G1.
Momento da “surpresa”
Sentindo falta da coleira e da placa de identificação de Flash, Augusto pediu ao funcionário da propriedade que desenterrasse o cão na segunda-feira (27/11). Foi aí que veio a grande surpresa.
“Ele [o funcionário] nos ligou e disse: ‘Vocês não vão acreditar no que tem aqui’. Tinha pedras, jornais velhos, ataduras… Tinha de tudo, menos o corpo”, contou o tutor, dizendo que a família imediatamente começou a procurar sobre o possível paradeiro de Flash.
Felizmente, no mesmo dia, uma moradora de Bagé ligou para a mãe de Augusto dizendo que havia encontrado o animal andando pelas ruas do município. A tutora foi até a casa dela e confirmou que o cãozinho era o Flash. O pet estava bem e sem sinais de maus-tratos.
“A pessoa que o encontrou ligou para o pet shop e foi orientada a tirar o lenço dele, tirar a coleira dele, queimar e ficar com o cachorro, já que ela [responsável pelo pet shop] já tinha dado o cachorro como morto”, afirmou Augusto ao site UOL. Após o ocorrido, a família registrou o caso na 2ª Delegacia de Polícia de Bagé.
Pet shop não se pronunciou
A proprietária do pet shop disse ao UOL que aguarda investigação policial e não vai se posicionar sobre o caso. “Aguardamos a investigação da autoridade policial, cuja orientação foi aguardar conclusão da outiva de todos envolvidos. Por esses motivos – não tenho nenhuma declaração a prestar”, escreveram, em nota.
O delegado responsável pelo caso, Caio Iamamura, afirmou ao UOL que a dona do estabelecimento prestou depoimento na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) de Bagé. Ela não teve a identidade divulgada.