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Ao chegar para a reunião com líderes dos partidos para fechar a estratégia de votação da reforma da Previdência, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que cada hora é decisiva. Segundo ele, uma votação como essa, que necessita de 308 votos, exige a presença de pelo menos 490 deputados no plenário da Casa na parte de tarde, além de muito cuidado para não desorganizar a base que apoia a proposta.

Agora, cada hora é decisiva. Até as 15h, vou ter que saber quantos deputados estão em Brasilia. Isso é decisivo. Aparece um problema, resolve. Aparece outro, resolve o outro. Então, a cada momento, a gente tem que ir cuidando com muita atenção para não desorganizar a votação, afirmou Maia, acrescentando: Uma votação com a necessidade de ter 308 votos significa que a gente tem que ter 350, 360 de expectativa de voto.

O presidente da Câmara afirmou ainda que pretende fechar um acordo com a oposição para trocar a obstrução por debate sobre a reforma. A ideia é permitir até quatro sessões de discussão e iniciar a votação do texto-base da reforma no início da noite. A expectativa é que o processo se prolongue até a madrugada. Os destaques ao texto serão votados nesta quarta-feira.

Maia disse que é otimista e acredita na conclusão da votação da reforma até sexta-feira, em dois turnos. Segundo ele, vencido o primeiro turno, o segundo é mais simples. Os deputados, contudo, estão sendo orientados a permanecerem em Brasília até sábado, caso seja necessário para encerrar o processo de votação.

Segundo o parlamentar, a maioria dos destaques para fazer modificações no texto deverá ser apresentada pelos partidos da esquerda. A previsão é que a oposição apresente nove destaques para retirar pontos da reforma e uma emenda para reaver a reoneração das contribuições previdenciárias sobre exportações. No entanto, não está descartada a possibilidade de algum partido da base de apoio apresentar um destaque ou outro. O presidente da Câmara acrescentou que isso ainda está em processo de negociação.

Estados e municípios devem continuar de fora

Maia considerou muito difícil a inclusão de estados e municípios na reforma, na votação da Câmara. Se esses entes forem incluídos, destacou, há risco de derrota. Ele afirmou, contudo, que será possível reabrir a discussão, se o Senado conseguir incluir os governos regionais na proposta.

Acho muito difícil que a gente consiga incluir estados e municípios na Câmara dos Deputados. Isso pode ser feito no Senado e a gente tentar incluir na Câmara depois.

 

 

 

 

 

 

(*)com informação do Jornal Extra