Depois da obrigação do uso de cadeirinhas e outros dispositivos específicos para o transporte infantil em veículos, em 2008, menos crianças são levadas à internamento ou morrem por conta de acidentes de trânsito, segundo os boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde analisados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Para falar sobre o assunto, o Jornal Alerta Geral trouxe o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia do Ceará (SBOT), Atualpa Pinheiro, para dirimir as dúvidas da população cearense e dar sua opinião sobre o assunto.
Com base nos dados acima citados os críticos ao Projeto de Lei 3267/2019 embasam seus argumentos. Luzenor de Oliveira questiona se é possível fazer com que os parlamentares optem por não alterar a atual legislação.
“Eu acho que sim. Os números falam por si”.
Atualpa destaca que os dados são baseados nas pesquisas do próprio Ministério da Saúde e revelam que houve uma redução de 33% de internamento e 20% de vítimas fatais.
“Em 2010 havia uma frota de 37 milhões de veículos, enquanto 2017 registrou 55 milhões, ou seja, mesmo com o aumento exponencial de veículos, ouve uma redução de 20% de óbitos e 33% de internamento”.
Atualpa Pinheiro ainda afirma que há um sentimento na população de que é necessário de persistir com a aplicação das penalidades. Hoje, a falta da cadeirinha é considerada infração gravíssima, com multa de R$ 293 e perda de sete pontos na carteira. Por isso, o presidente da SBOT acredita que a lei não será revogada.
Beto Almeida pondera que há um argumento de que possa haver uma flexibilização durante a etapa de discussão da ‘proposta da cadeirinha’ na Câmara dos Deputados, como por exemplo, a obrigatoriedade apenas em rodovias, e não nos centros urbanos como é hoje e questiona: tendo em vista a segurança, há alguma diferença significativa entre não usar a cadeirinha na cidade e usar nas estradas?
“Particularmente, eu acredito que não porque uma grande parte desses acidentes ocorrem dentro da cidade. A relação da do trauma se baseia no peso, na massa corporal e na velocidade od veiculo, isso idepende de ser na equina da nossa casa ou no quilômetro 100 de uma br”, afirma Atualpa.
Confira, clicando no player abaixo, a entrevista completa com o Dr. Atualpa Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia: