A união de 10 deputados estaduais, três suplentes que estão no exercício do mandato na Assembleia Legislativa, prefeitos, ex-prefeitos e vereadores dissidentes do PDT tem como principal guarda-chuva o Grupo de Whatsapp denominado ‘Café com Cid’, sob a liderança do senador Cid Gomes.

Os dissidentes querem a destituição do presidente regional André Figueiredo e defendem o nome de Cid Gomes para reunificar o partido no Ceará. A briga se arrasta desde as eleições de 2022 quando o PDT optou pelo nome do ex-prefeito Roberto Cláudio em detrimento da reeleição da então Governadora Izolda Cela.

DISSOLUÇÃO NA PAUTA DE REUNIÃO EM BRASÍLIA

O grupo marcou uma reunião para a próxima sexta-feira (7), em Fortaleza, para tratar sobre mudanças na cúpula estadual do PDT. Antes, porém, os dirigentes nacionais se reúnem, hoje (3), em Brasília, e articulam uma dura medida que representará o esvaziamento da estratégia dos dissidentes.

A reação da Executiva Nacional pode ser a dissolução do Diretório Estadual no Ceará, acabando, assim, o movimento de rebeldia dos dissidentes. Os pedetistas regionais e nacionais têm mantido silencio sobre a pauta e as possíveis decisões que sairão do encontro na Capital Federal.

PAUTA NO JORNAL ALERTA GERAL, NO RÁDIO E NA INTERNET

O repórter Carlos Alberto conta, no Jornal Alerta Geral, os bastidores da guerra interna no PDT. O Jornal Alerta Geral, que é gerado pela FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza, tem transmissão por 22 emissoras de rádio do Interior e, também, pelas redes sociais do @cearaagora.

TROCA DE NOMES, OXIGENIZAÇÃO E CONTROLE

Se a dissolução for decretada, a Executiva Nacional cria uma Comissão Provisória, mantém no cargo de presidente o deputado federal André Figueiredo, troca os membros do Diretório Estadual que são aliados ao Ministro da Educação, Camilo Santana, por militantes sintonizados com as diretrizes traçadas pelo ex-presidenciável Ciro Gomes e manterão o controle da legenda.

André tem o apoio de Ciro, do Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, do prefeito de Fortaleza, José Sarto, e do ex-prefeito Roberto Cláudio. A dissolução do Diretório Estadual é uma medida drástica, mas, talvez, a única que está sendo encontrada para o grupo liderado pelo ex-presidenciável Ciro continuar com o comando do PDT no Ceará. Sem contestação na Justiça.

WHATSAPP ENCURTA DISTÂNCIA

A reunião da Executiva Nacional, em Brasília, mobilizou, nesse final de semana, deputados estaduais e prefeitos do PDT que participam da administração estadual e querem o partido bem mais perto do Palácio da Abolição.

O site cearaagora antecipou, no último sábado, as articulações que podem barrar o avanço dos dissidentes dentro do PDT e redefinir os rumos do partido no Ceará. Em Brasília, os dissidentes acompanharão à distância, no ‘Café com Cid’, os desdobramentos da reunião da cúpula nacional pedetista. Se houver dissolução do Diretório Estadual, o PDT corre o risco de perder 10 deputados estaduais e mais de 25 prefeitos.

CID CONTESTA TRAIÇÃO

Ao ser questionado sobre a crise interna e as acusações de integrantes da cúpula do PDT por traição na campanha de 2022, o senador Cid Gomes, em declaração publicada, neste domingo, pelo Jornal Folha de São Paulo, contestou a pecha de traidor e disparou: “Não foi traição! Traição é algo que você faz e não avisa”.

O ex-presidenciável de Ciro Gomes disse que houve traição dentro do PDT, não nominou os autores a quem chama de traidor, mas se referiu aos militantes que não o acompanharam na escolha de Roberto Cláudio como candidato ao Palácio da Abolição. Cid ignorou a candidatura de Roberto, se afastou da campanha e não declarou voto a outro candidato a governador, mas fez questão de pedir votos para o petista Camilo Santana que, naquele momento, concorria ao Senado.