No ano de 2023, o Brasil atingiu o menor número do total de jovens 15 a 29 anos que não estudam e nem trabalham, considerando toda a série histórica apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que teve início em 2012. São 10,3 milhões de brasileiros nessa situação, o equivalente a 21,2% da população dessa faixa etária.
Os dados fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (4). Segundo o instituto, o aquecimento do mercado de trabalho e o aumento do número de jovens que nas escolas no período pós pandemia ajudam a explicar boa parte do resultado.
Além da permanência de taxas superiores a 20% desde o início da série histórica, mulheres e jovens de famílias mais pobres continuam sendo os mais afetados. Nos domicílios mais pobres, ou seja, os 10% com as menores rendas, quase metade dos jovens (49,3%) ainda estava fora do mercado de trabalho e de instituições de ensino no ano passado. O número é 7,5 vezes maior do que o observado nos lares do topo da distribuição de renda.
Entre os 10% mais ricos, a taxa é de apenas 6,6%. Essa desigualdade ainda se ampliou em relação a 2022, quando a diferença era de sete vezes.