A Caixa Econômica Federal registrou em junho resultado recorde de concessão de R$ 13,1 bilhões de crédito imobiliário. Do total, R$ 7,8 bilhões foram operações com recursos da poupança, sendo o melhor desempenho nessa modalidade nos últimos seis anos, segundo o banco.
No primeiro semestre deste ano, as contratações de crédito somaram R$ 65,4 bilhões, avanço de 36% na comparação com igual período de 2020. Foi o maior valor para o período em toda a História do banco. Com isso, a carteira habitacional fechou o primeiro semestre com volume de R$ 528,9 bilhões — alta de 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
O Feirão da Casa Própria, realizado entre o fim de junho e início de julho, em plataforma digital, também ajudou nas contratações. Segundo fontes da Caixa, com a alta na inflação, a demanda pela linha de financiamento habitacional atrelada ao índice oficial preços (IPCA), criada em agosto de 2019, recuou. O mesmo aconteceu com a modalidade com taxa de juros fixa, lançada no início do ano passado.
A maior procura continua sendo pela linha tradicional, com juros a partir de 6,25% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), e a modalidade atrelada ao rendimento da poupança, lançada em fevereiro, com taxa a partir de 3,35% ao ano.
Com a alta na Selic, taxa básica de juros, que subiu para 4,25% ao ano, a Caixa está monitorando o mercado e não descarta fazer ajustes nos percentuais.
Líder no mercado, o banco prevê continuidade no crescimento da demanda pelo crédito imobiliário no segundo semestre de 2021. Segundo uma fonte da Caixa, as taxas não são o principal atrativo, mas as facilidades na obtenção dos empréstimos nos correspondentes bancários, que funcionam como franquias. O cliente só precisa se deslocar até uma agência para assinar o contrato, explicou um técnico.
A tendência é reforçar a linha com recursos da poupança, diante das limitações no programa Casa Verde Amarela, que utiliza verba do FGTS.
Com as pausas no pagamento das prestações em 2020, a Caixa alega que os mutuários ganharam um fôlego para regularizar os pagamentos, afetados pelos efeitos da pandemia e que a taxa de inadimplência no crédito imobiliário está sob controle. Segundo dados do último balanço, primeiro trimestre de 2021, o percentual subiu de 1,31% em dezembro para 1,81% em março.
(*) Com informações O Globo