Os órgãos de defesa do consumidor ainda não têm a dimensão real do tamanho do calote da 123milhas, mas, até o momento, a empresa já recebeu mais de 40 mil pedidos de ressarcimento. A agência de turismo colocou como alternativa o voucher como compensação, uma medida que não agrada a maioria das vítimas que foram atraídos pelos pacotes promocionais. A Secretaria Nacional do Consumidor, ligada ao Ministério da Justiça, quer que os consumidores tenham direito de receber o ressarcimento em dinheiro.


A confusão começou no final de semana passada quando a 123milhas anunciou a suspensão dos pacotes da linha Promo, previstos para o período entre setembro e dezembro de 2023. A empresa ofereceu aos clientes a possibilidade de compensar o investimento na viagem em um voucher, com acréscimo de 150% do CDI, para ser usado em até 36 meses na plataforma. A iniciativa desagradou os clientes que receberam os valores de forma parcelada, em mais de um voucher que, sozinhos, não pagam nada.
Como medida para proteger os consumidores, o Ministério do Turismo suspendeu o registro da 123milhas no cadastro público da pasta e determinou que, a partir de agora, todas as empresas similares precisam comprovar a viabilidade econômica do negócio.