Sob protesto da oposição, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou há pouco, em votação simbólica, o requerimento de encerramento da discussão do Projeto de Lei (PL) 4.302/1998, que libera a terceirização da mão de obra. Sob gritos de “não, não à terceirização”, deputados da oposição ocuparam o centro do plenário segurando com boias com o formato de patos.
O protesto foi uma alusão ao boneco em formato de pato utilizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em campanha contra a recriação da CPMF e outros impostos no governo da presidente Dilma Rousseff. A Fiesp defende a terceirização, além de outras mudanças na legislação trabalhista.
“Os patos da FIESP estão devorando direito de emprego do trabalhador, da negociação coletiva dos sindicatos, daquilo que ele conquistou em suas campanhas salariais sejam mantidos. Precisamos melhor a qualidade e vida do povo e não piorar as suas condições de trabalho”, disse o líder do PT Carlos Zaratini (SP).
Em seguida, a oposição voltou com o chamado kit obstrução, através de requerimentos, solicitando o adiamento da votação, que está sendo votado neste momento. Mesmo com a obstrução, Maia havia dito, mais cedo, que só vai encerrar os trabalhos quando a votação do projeto for encerrada. Trabalhadores e integrantes de centrais sindicais ocupam as galerias do plenário e protestam contra a votação do projeto
Bancadas da oposição e o PPS apresentaram destaques para alterar o texto apresentado pelo relator Laercio Oliveira (SD-SE). Segundo o relator, o projeto não retira direitos. “Faço um desafio: apontem dentro do texto um item sequer que retire direitos dos trabalhadores. Não existe”, disse. O PT apresentou três destaques. O PDT, PCdoB, PSOL e PPS apresentaram um destaque cada.