A Câmara dos Deputados volta do recesso nesta segunda-feira ainda com incertezas em relação à reforma da Previdência. O governo avalia não ter os votos necessários para aprovar o projeto. Com uma vitória ainda distante, Planalto e Congresso estariam se preparando para minimizar o desgaste em uma eventual derrota.

As contagens mais otimistas apontam que, atualmente, o governo conta com  270 votos. Para aprovar a reforma de Previdência, são necessários 308 votos em dois turnos. Para mobilizar a base aliada, líderes deverão se reunir em suas bancadas na terça-feira, antes de se reunirem com o presidente da Câmara , Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O governo trabalha com duas possibilidades: votar a proposta sem previsão de vitória ou adiá-la para novembro. Na sexta-feira, o presidente Michel Temer disse que seu governo resistirá caso a reforma previdenciária não seja aprovada , mas os seguintes, não. Para o emedebista, o crescente rombo do sistema trará maiores problemas para o País nos próximos anos.

Marcada para 19 de fevereiro, a votação da reforma na Câmara ainda deverá ser discutida por Temer e Maia, que decidirão se vale ou não levar o projeto a plenário sem garantia de votos.