Com a desclassificação das duas primeiras colocadas na licitação para a continuidade das obras do Eixo Norte do projeto de Transposição do Rio São Francisco, aumentou a preocupação com a possibilidade de o Estado sofrer um colapso no abastecimento, caso os açudes não recebam carga suficiente.
Nesta semana o governador Camilo Santana esteve em Brasília em busca de notícias mais precisas sobre o andamento do processo. Ele diz que aguarda a retomada das obras seja pela licitação – que pode entrar em processo de judicialização – seja por uma contratação emergencial. As obras estão paradas desde junho do ano passado.
Camilo diz que o Ministério da Integração se comprometeu que até o fim de março haja uma definição sobre os trabalhos. Assim sua a expectativa é que as obras sejam retomadas em abril. Ele mantém a esperança de que as águas cheguem ao estado até o fim de 2017.
Camilo entende que a licitação está comprometida, pois as empresas desclassificadas deverão entrar na Justiça, paralisando o processo. “Espero que essa situação fique resolvida até o fim de março, pois nos preocupa se a quadra chuvosa persistirá a ponto de garantir o abastecimento do Estado,” revelou.
Camilo observa que a maior preocupação é com o açude Castanhão, que mantém uma média de 6% do seu volume total. Quanto as águas do Orós, o governador confirmou a suspensão da transferência das suas águas para o Castanhão, que por sua vez terá reduzido o volume de água lançando no próprio Rio Jaguaribe.
Ele frisou que estão sendo concluídas duas ações importantes na Taíba e no Cauípe, com mais poços para abastecer o Castanhão e para o Complexo Portuário do Pecém. Camilo asseverou que com o transbordamento do Açude Maranguapinho, sua água deve ser aproveitada também para abastecer a Região Metropolitana e não somente o município de Maranguape.