O governador do Ceará, Camilo Santana defendeu, nesta quarta-feira, 20, que o déficit da previdência pública dos Estados seja incluído na proposta de reforma apresentada pelo governo.  “É o grande gargalo dos estados. Há estados que não conseguem investir 1/3 do que gastam com a previdência”, disse ao firmar que entre os governadores, há unanimidade com relação a necessidade das mudanças, mas entende que a discussão não pode ficar centrada apenas no déficit da União.

Para ele, a proposta deve considerar as questões regionais. Ele destacou que a economia dos estados do Norte e Nordeste giram em torno dos recursos recebidos pelos aposentados e caso a reforma seja aprovada, como está apresentada, haverá um grande impacto nas duas regiões.

Ele destacou que foi criado um grupo de governadores para tratar dessa questão e cada estado vai avaliar e propor em março uma proposta. Entende que talvez não haja acordo em questões como aposentadoria rural, e redução do valor do BBC. É um dever de casa

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), também disse que a mudança no Benefício de Prestação Continuada (BPC) precisa ser repensada para não prejudicar os trabalhadores mais pobres. O governador do Amazonas, Wilson Miranda Lima (PSC), entende que alguns temas da reforma da Previdência precisam ser mais discutidos com governadores e categorias de trabalhadores, como policiais e professores. Lima disse ainda que um grupo de governadores vai levantar uma série de ações emergenciais que a União possa fazer para ajudar os Estados mais deficitários.”A mudança no BPC pode prejudicar os mais pobres no Norte e Nordeste”, disse o governador do Amazonas. “A questão dos trabalhadores rurais também precisa ser melhor discutida.”

Com informações do Estadão