Após o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (Podemos) acusar, nesta segunda-feira (6), o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), de faltar com o diálogo com os policiais militares durante paralisação da categoria, em 2020, o Chefe do Executivo Estadual respondeu às acusações em publicação nas redes sociais.
Camilo disse que o próprio Moro veio ao Ceará, na época, pedir anistia aos crimes cometidos pelos agentes de segurança. Reconhecendo, assim, que os atos foram criminosos. Por sua vez, o gestor disse que não compactua com o crime e que diálogo com as categorias é uma de suas marcas .
Em 2020, após 13 dias de paralisação da Polícia Militar (PM), uma comissão e militares chegaram a um acordo e encerram os atos. O acerto não previu anistia, mas a revisão de cada caso, com aplicação rigorosa do devido processo legal e sanções aplicadas aos soldados que participaram do movimento. A proposta foi entregue aos militares pela comissão de representantes dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário no anexo da Assembleia Legislativa do Ceará (ALCE), que negociava entendimento entre as partes.
Na última semana, a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) encaminhou a expulsão do ex-deputado federal Cabo Sabino (Avante) dos quadros da Polícia Militar do Ceará. Ele foi considerado um dos líderes do movimento. O órgão também assinou a saída do cabo Kenneth Almeida Belo.