Uma declaração do presidente da Ford para a América do Sul, Daniel Justo, em entrevista, nesta segunda-feira, ao Jornal Folha de São Paulo, joga uma balde de água fria nas expectativas de trabalhadores e representantes do Governo do Estado que se articulam para salvar os empregos e a fábrica da Troller na cidade de Horizonte. Ele confirmou o interesse da norte-americana em vender ativos, mas não as marcas.


A decisão sobre a preservação da marca, como destaca o jornalista Beto Almeida, em participação do Bate Papo Político, no Jornal Alerta Geral, inviabilizou a transferência da linha de produção da Troller para outro grupo, o que frustrou o Governo do Ceará e os trabalhadores da empresa. Daniel Justo rompeu o silêncio, confirmou o fechamento de unidades da Ford em Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte, mas garantiu que os consumidores que adquiriram veículos terão todo o suporte em termos de assistência e peças.


‘’A gente tem grande respeito pela marca da Troller, pelos consumidores. Antes de mais nada, estamos procurando nos certificar que continuaremos dando todo o suporte para consumidores’’, disse Daniel Justo, ao afirmar, ainda, que a Ford não está deixando o Brasil.


Quanto as negociações com os sindicatos dos trabalhadores, o presidente da Ford disse que todas os acordos trabalhistas, com o pagamento das indenizações, foram fechados em Camaçari e Taubaté e que, em relação à Troller, em Horizonte, as negociações estão em curso. O repórter Carlos Silva, em participação no Jornal Alerta Geral, antecipa informações sobre o futuro da Troller no Ceará.

Daniel disse que os ativos serão comercializados, mas a marca não. ‘’Em termos de planos futuros, eu não vou especular agora sobre o que a gente pretende fazer a respeito dessa propriedade intelectual. Estamos focados em comercializar os ativos em todas as plantas, mas não estamos comercializando marcas ou propriedades intelectuais em nenhuma das fábricas que fechamos’’, observou o presidente da empresa norte-americana.