Os caminhoneiros ameaçam iniciar uma nova greve caso a tabela de preços mínimos de frete seja alterada. Sob pressão de produtores rurais, o governo quer mudar essa tabela e os caminhoneiros acompanham com cautela o andamento das negociações em Brasília. O receio é de que grandes grupos consigam derrubar a tabela recém aprovada pelo governo como uma das medidas do acordo para colocar fim na greve na semana passada.
Segundo Ivar Luiz Schmidt, representante do Comando Nacional do Transporte, CNT, caso a tabela caia, vai ter uma greve pior que a última e ai não haverá negociação. O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros, Abcam, José Fonseca Lopes diz que a situação não está boa, mas vai lutar para encontrar um meio-termo para ambas as partes.
A greve de 10 dias ocorrida em maio deve causar um impacto negativo de 0,45 ponto percentual sobre o PIB brasileiro, valor equivalente a cerca de R$ 30,5 bilhões, segundo estimativas.