Quando o sexo dura muito tempo, apenas uma camisinha não é suficiente para proteger um casal de infecções sexualmente transmissíveis (DSTs), hepatites ou uma gravidez não planejada. Por isso, de acordo com um especialista, é necessária a troca do preservativo na marca de meia hora de uso.


O estudo mais robusto sobre o duração de uma relação sexual analisou 500 casais de diferentes países a partir de um cronômetro. Foi descoberto, a partir disso, que o sexo dura em média 5,4 minutos. Por outro lado, também foram registradas marcas de 0,55 segundos até 44,1 minutos.

A camisinha tende a perder suas funcionalidades em longas sessões por conta do atrito prolongado e pode romper. Isso pode ser especialmente alarmante em camisinhas ultrafinas feitas de látex.

— Provavelmente se enquadra na categoria de um bom problema, mas se você estiver fazendo isso por meia hora e não estiver pronto para parar, troque o preservativo. O atrito enfraquece o preservativo, aumentando as chances de rompimento. Menos de 30 minutos e você está bem. Mais de 30 minutos e é melhor jogar pelo seguro — explica o médico Neel Patel, para o site LloydsPharmacy.

O uso incorreto também inclui: o homem colocar o preservativo após o início da relação sexual, o preservativo sair do pênis ou romper durante o sexo. Mas quando utilizados corretamente, os preservativos têm eficiência de até 98% de proteção para evitar a gravidez, por exemplo.

Desta forma, o especialista também pontua que em caso de um sexo muito vigoroso, com bastante atrito, essa troca pode ser feita em um período de tempo ainda menor. Além disso, ele pontua que é um mito a proteção ser maior ao utilizar dois preservativos ao mesmo tempo.

— Usar dois preservativos é, na verdade, mais arriscado do que usar apenas um, pois eles podem esfregar um no outro, criando atrito que pode romper o preservativo — esclarece.

Maneira correta de aplicar a camisinha

Após o pênis ficar ereto, rasgue cuidadosamente a embalagem da camisinha com a mão e a retire.
Desenrole o preservativo até a base do pênis, segurando a ponta para dele para retirar o ar.
Depois da relação sexual, retire a camisinha do pênis ainda duro, com cuidado para não vazar.
Use a camisinha apenas uma única vez. Ao usá-la, dê um nó e jogue no lixo.

Benefícios de fazer sexo com frequência


Uma vez que a proteção está garantida, fazer sexo frequentemente é positivo para a saúde mental e do corpo. O gerontologista (especialista em envelhecimento) espanhol Joaquín Mateu Mollá, por sua vez, enumera quatro benefícios associados à uma vida sexual ativa.

Melhora o humor


Ao fazer sexo, o cérebro produz endorfinas, substâncias que geram a sensação de excitação, satisfação e bem-estar. De acordo com o especialista, elas também estão envolvidas na euforia e na calma que antecede e segue o orgasmo, respectivamente. Isso faz parte do sistema de resposta de recompensa que experimentamos ao sentir diferentes formas de prazer.

— Embora nos faça sentir bem, não se pode dizer que o sexo sirva como tratamento antidepressivo. Pode nos proporcionar momentos positivos que se somam a outros para potencializar emoções agradáveis, mas os transtornos de humor exigem abordagens terapêuticas muito mais complexas e muitas vezes multidisciplinares — afirma o pesquisador, para um artigo do site The Conversation.

O sexo também tem um efeito positivo na insônia que muitas vezes acompanha os problemas de saúde mental.

Reduz o estresse


A frequência do sexo pode diminuir devido a situações que nos sobrecarregam, a frequência com que queremos fazer sexo diminui, o que às vezes pode se traduzir em menos satisfação com nosso parceiro.

Isto pode ser devido aos níveis de cortisol, um hormônio necessário para lidar com as demandas ambientais e sociais, mas prejudicial quando sua concentração no corpo aumenta muito ou por muito tempo.

Nesse sentido, o sexo pode ajudar a reduzir o estresse associado a sobrecarga diária.

— Um fato curioso nesse sentido é que os casais mais satisfeitos tendem a buscar relações sexuais nos dias seguintes a um dia estressante. Além disso, são também os que mais beneficiam dos seus efeitos positivos — explica Mollá.

Melhora o sistema imunológico


A atividade sexual regular aumenta as defesas fisiológicas contra vírus, bactérias e outros agentes patogênicos. Especialistas da Universidade de Baghdad, no Iraque, conduziram uma pesquisa com 16 mil participantes em 33 países, divididos em dois grupos.

O primeiro mantinha uma frequência de ao menos três relações sexuais por mês, enquanto o segundo grupo tinha uma atividade sexual menor. Ao fim de um período de quatro meses, foi observado que 76,6% dos participantes do primeiro grupo não foram infectados pela doença, enquanto o percentual foi de 40,4% nos demais participantes.

Este benefício no sistema imunitário é independente da idade e de práticas sexuais específicas, pelo que qualquer pessoa pode alcançá-lo em diferentes momentos da sua vida. Em resumo, as evidências sugerem que aumentar a frequência das relações sexuais impacta positivamente o sistema imunológico.

Reduz a pressão arterial e a dor


A atividade sexual promove a saúde cardiovascular, especialmente quando se trata de jogos eróticos entre o casal, conforme aponta Mollá.

Um estudo recente sugere que a manutenção da atividade sexual durante a velhice reduz a probabilidade de problemas cardiovasculares, afetando positivamente fatores de risco conhecidos. Também pode contribuir para o alívio da dor nas patologias principalmente na população feminina.