Acontecerá de 6 a 31 de agosto em todo o país a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e contra o Sarampo, para vacinar crianças de um a menor de cinco anos de idade, no posto de saúde mais próximo de suas residências. O objetivo da campanha é manter o estado de eliminação da Poliomielite e do sarampo no país, com elevada cobertura vacinal contra a poliomielite nos municípios, para evitar a reintrodução do vírus selvagem, e também a vacinação dos menores de cinco anos de idade contra o sarampo e a rubéola. A meta é vacinar, no mínimo, 95% de todas as crianças na faixa etária entre 12 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, de forma homogênea, para evitar a manutenção ou formação de bolsões de não vacinados. No Ceará, a meta é imunizar 95% das 509.183 crianças de um a quatro anos ou o mínimo de 483.724 crianças. O dia de mobilização nacional será no sábado, 18 de agosto.
POPULAÇÃO ALVO |
META |
|
100% |
95% |
|
1 ANO |
126.085 |
119.781 |
2 ANOS |
128.466 |
122.043 |
3 ANOS |
126.885 |
120.541 |
4 ANOS |
127.747 |
121.360 |
TOTAL |
509.183 |
483.724 |
As campanhas de vacinação contra poliomielite foram iniciadas no Brasil em 1980, estando o país livre da doença desde 1990. Campanhas de vacinação contra o sarampo são realizadas desde 1995. Na campanha deste ano, pais e responsáveis são atores sociais importantes no processo de manutenção da eliminação dessas doenças e devem comparecer aos serviços de vacinação com suas as crianças, levando a caderneta de vacinação para avaliação e registro. A poliomielite e o sarampo são doenças de notificação compulsória e o país tem compromissos internacionais para erradicar e eliminar essas doenças.
O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu em 1989 e desde 1990 não são registrados casos da doença, que é grave e foi responsável por danos irreversíveis para milhares de crianças no mundo. As ações de prevenção e controle, em especial a vacinação, contribuíram para que, em 1994, o país recebesse da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a Certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território. Casos de sarampo têm sido reportados em várias partes do mundo e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), muitos países permanecem endêmicos para o sarampo, principalmente aqueles com baixa cobertura vacinal e bolsões de não vacinados.
Nos últimos anos foram vivenciados surtos de sarampo no país. Em 2015 foram registrados 211 casos da doença no Ceará, dois em São Paulo e um em Roraima, relacionado ao surto do Ceará. Como resultado das ações vigilância, laboratório e imunizações, em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo pela OMS, declarando a região das Américas livre do sarampo. No período de 2016 a 2017, não foi registrado nenhum caso da doença no país. Atualmente, o Brasil enfrenta surtos de sarampo em Roraima e no Amazonas, com registro de 314 casos confirmados até semana epidemiológica 23. Os casos estão relacionados ao intenso movimento migratório da Venezuela, país que enfrenta surto de sarampo desde julho de 2017.
O quadro epidemiológico reforça a necessidade da realização da campanha de vacinação contra a poliomielite e contra o sarampo, a fim de captar crianças ainda não vacinadas ou que não obtiveram resposta imunológica satisfatória à vacinação, e assim minimizar o risco de adoecimento dessas crianças e, consequentemente, reduzir ou eliminar os bolsões de não vacinados. As coberturas vacinais municipais ainda são heterogêneas no Brasil, podendo levar à formação de bolsões de pessoas não vacinadas, possibilitando, assim, a reintrodução dos poliovírus e do sarampo.
Serviço:
Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Sarampo
Período: 6 a 31 de agosto de 2018
Dia D: 18 de agosto
Com informação da A.I