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O câncer de mama tomou o lugar do câncer de pulmão e se tornou a forma mais comum da doença, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (2).

“Pela primeira vez, o câncer de mama constitui agora o câncer de ocorrência mais comum em todo o globo”, disse Andre Ilbawi, especialista em câncer da OMS, em entrevista coletiva na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) antes do Dia Mundial do Câncer, nesta quinta-feira (4).

O câncer de pulmão foi o tipo mais comum nas últimas duas décadas, mas agora está em segundo lugar, à frente do câncer colorretal, o terceiro mais disseminado, explicou Ilbawi.

Ele observou que a obesidade feminina é um fator de risco comum no câncer de mama e também está elevando os números gerais do câncer.

À medida que a população global cresce e a expectativa de vida aumenta, o câncer deve se tornar mais comum, avançando dos 19,3 milhões de casos novos por ano em 2020 para cerca de 30 milhões em 2040, segundo o especialista.

CÂNCER DE MAMA NO CEARÁ

A mortalidade por câncer de mama cresceu 12% no Ceará entre 2017 e 2019, segundo dados preliminares do Ministério da Saúde. Ao todo, 684 mulheres perderam a vida por conta da doença, em todo o estado, em 2017. O número cresceu para 734, em 2018, e para 772.

No Ceará, a estimativa para o ano de 2020, feita pelo INCA foi de 2510 novos casos de câncer de mama. Já em Fortaleza, a previsão feita pelo Instituto é de 1230 mulheres diagnosticadas com a doença. 

Somente em 2018, mais de 17 mil mulheres brasileiras morreram da doença e a estimativa para cada ano do triênio 2020-2022, é de 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) servem de alerta para que as mulheres se conscientizem sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

PANDEMIA

Dados da Fundação do Câncer revelam que houve uma redução de 84% de exames de mamografia durante a pandemia no ano de 2020, se comparado ao mesmo período do ano anterior (2019).

(*) Com informações da Agência Brasil.