A candidatura do senador Tasso Jereissati (PSDB) a presidência do Senado, que conta com o apoio do seu partido PSDB e de lideranças de outros partidos como o senador eleito Cid Gomes, ganhou mais fôlego com a sinalização do grupo ligado ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para se consolidar como alternativa a Renan Calheiros (MDB-AL) na sucessão de Eunício Oliveira (MDB) na Presidência do Senado.
Tasso recebeu no gabinete o senador eleito por São Paulo, Major Olímpio (PSL), para discutir a pauta econômica. A atuação de Tasso como uma das principais lideranças do Senado e sua conduta a frente da poderosa Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, seriam os requisitos mais fortes, além do nome do senador não ter sido envolvido em nenhum escândalo, como ocorreu com seu colega Aécio Neves. O argumento dos apoiadores pró-Tasso é que ele é um político “experiente” e “equilibrado” em meio a “extremismos” do PT e PSL.
A candidatura de Renan Calheiros não agrada ao novo governo, por sua imagem estar ligada a “velhas práticas políticas”. A tendência após as festas de Natal e ano novo, é que Tasso intensifique as conversas, que podem envolver senadores do PDT, PPS, PSB e o senador Reguffe, sem partido, que estariam dispostos a apoiar o cearense na eleição do dia 1° de fevereiro.
Um apoiador de primeira hora foi o senador eleito Cid Gomes (PDT). Ele afirma que faz parte de um grupo composto de 14 a 17 senadores que querem apoiar Jereissati na disputa.
Outros dois candidatos podem entrar na disputa, além de Renan e Tasso, o senador do Amapá, Davi Alcolumbre (DEM) e um candidato do MDB. O PT ainda não definiu que rumo tomará. O partido se reúne em 28 de novembro para tratar da sucessão no Senado