O PT só deve mesmo discutir um nome para substituir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde 7 de abril, se a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) for desfavorável a Lula, ou seja, se o petista for declarado inelegível pelo tribunal. A informação é do coordenador da campanha presidencial do PT nas eleições 2018, José Sérgio Gabrielli.

“Se tiver, é depois da decisão do TSE, se o TSE resolver impedir a candidatura legítima do Lula”, afirmou o coordenador, quando perguntado em que momento o PT discutirá uma alternativa a Lula.

Ele reforçou, no entanto, que a legenda vai insistir na candidatura do ex-presidente. “Nós estamos colocando todos os nossos esforços para compor com os partidos que queremos compor e mobilizar nossos apoiadores para estarem o máximo possível no dia 15 de agosto”, disse Gabrielli ao Jornal O Estado de São Paulo, em referência à data de registro da candidatura de Lula no TSE.

O PT ainda tenta negociar uma aliança com PSB, PCdoB, PROS e PCO para a disputa. O partido não vislumbra, no momento, que chegará a convenção nacional da legenda, no próximo dia 4, com uma grande aliança definida nem com o candidato a vice escolhido.

Gabrielli aposta em um segundo turno com o PT enfrentando Alckmin ou Bolsonaro

Ex-presidente da Petrobrás no governo Lula, Sérgio Gabrielli aposta em um segundo turno com o PT enfrentando Geraldo Alckmin (PSDB) ou Jair Bolsonaro (PSL). Após a aliança dos partidos do Centrão com Alckmin, os petistas decidiram polarizar a disputa com o tucano tentando colar a imagem do presidente Michel Temer na candidatura do ex-governador paulista.

Para o coordenador petista, o Centrão não conseguirá viabilizar a candidatura de Alckmin. “Eles têm um problema grave porque querem esconder que o PSDB é responsável também pela política do Temer e que o desastre que o governo Temer está fazendo na sociedade brasileira tem o dedo, a mão, o braço e a cabeça do PSDB. Portanto, eles têm dificuldade de se compor, além da disputa com a extrema direita do Bolsonaro.”

Nessa quinta-feira, 26, o ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad se reuniu com integrantes da campanha e do Direito Nacional do PT para fechar as propostas do plano de governo. Conforme Haddad, o documento final só deve ser apresentado no dia 4, após passar por redação final e, eventualmente, por mais uma consulta ao ex-presidente Lula.

Com informações do Jornal O Estado de São Paulo